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Vencedores do Desafio Criativos da Escola são premiados em SP

Em fevereiro de 2015, Wellington Nogueira, no evento do lançamento do projeto Criativos da Escola no Brasil, lançou aos convidados a seguinte pergunta: “Para onde a criatividade pode nos levar?” Naquele momento, tínhamos algumas suspeitas, mas não imaginávamos o que estaria por vir. Dez meses depois, no evento de celebração do Desafio Criativos da Escola, que aconteceu no dia 11 de dezembro, vieram as respostas mais bonitas, surpreendentes e inspiradoras, pelas vozes de 25 crianças e jovens e 10 educadores de todo o país.

A semana da premiação começou no dia 8, quando os cinco grupos vencedores do Desafio desembarcaram em São Paulo, vindos de vários cantos do país: Porto Velho (RO), Parnamirim (RN), Simões Filho (BA), Pacoti (CE) e Sobradinho (DF). Do aeroporto, foram direto para o Centro Paulus, uma hospedaria em meio à natureza em Parelheiros, no extremo sul da cidade.

Lá a equipe do Criativos e os grupos passaram dois dias se conhecendo, compartilhando experiências, sonhando com o seria feito dali pra frente e, sobretudo, tirando ideias do papel e trazendo-as para a realidade. Para conduzir uma experiência transformadora e inesquecível, a equipe do Mesa&Cadeira reuniu 10 profissionais apaixonados pelo que fazem para ajudar a cumprir uma missão.

O desafio posto era criar uma plataforma para comunicar, inspirar e mobilizar outros jovens a se engajarem na transformação de suas realidades. Depois de muitas conversas, ideias, risadas, trocas, emoções e, principalmente, mão na massa e envolvimento de todos, nascia o movimento Eu sou Criativo, criado por e para crianças e jovens de todo o país.

No dia 11, na Avenida Paulista, 150 pessoas foram ao Itaú Cultural para conhecer os projetos vencedores do Desafio Criativos da Escola – contados pelos seus protagonistas – e ver o que havia sido criado por esses criativos ao longo dos dois dias anteriores. No inicio do evento, uma homenagem ao movimento da ocupação de Escolas Estaduais de São Paulo protagonizado por estudantes que estão coletivamente repensando, construindo e se apropriando de suas escolas: “Antes a gente seguia regras, obedecia, agora estamos aprendendo de verdade, todos os alunos têm voz”, disse Brenda, uma das representantes da Escola Manuel Ciridião Buarque.

Em seguida, vieram as apresentações dos cinco projetos vencedores: Gaiolas LiteráriasAr refrigerado e água: uma combinação que dá vida,História Construída por Blocos, Grupo de Apoio e Conselhos (GAC) e Jovem Explorador. No palco, um misto de emoção, orgulho e alegria que tomava conta; pelos microfones, ecoavam depoimentos que ficarão guardados na memória de quem os escutou.

Os alunos apresentaram o movimento Eu sou Criativo, com a exibição do vídeo-manifesto feito por eles próprios. E, para encerrar a manhã, muita música com os Embatucadores e a Banda Alana. Uma festa linda, emocionante e muito inspiradora, que ficará na memória de quem estava presente. E os grupos se despediram com a certeza de que, nesses quatro dias, muitas flores foram colhidas e outras tantas sementes foram plantadas. Que venham as próximas colheitas.

*texto publicado originalmente no site do Criativos da Escola

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Alana assina manifesto contra a ‘reorganização escolar’ em SP

O Instituto Alana assinou um manifesto que repudia a atual proposta do Governo do Estado de São Paulo de reorganizar a rede estadual de ensino e exige o direito à participação social e ao acesso à transparência da informação pública.

Lei abaixo o manifesto assinado por diversas organizações:

As organizações abaixo assinadas manifestam sua indignação e repúdio à forma autoritária pela qual o processo de reorganização escolar da rede estadual de ensino tem sido encaminhado pelo governo estadual, caracterizado pela falta de informações consistentes, públicas e transparentes que deram base a tal decisão e pela insistência em desconsiderar as demandas de milhares de famílias. Com apoio de diversos setores da sociedade, a mobilização dos estudantes paulistas em defesa da escola pública e em resistência à política de reorganização escolar cresceu em todo o estado de São Paulo, demonstrando a profunda inadequação da proposta.

Da maneira como tem sido encaminhada, a reorganização escolar ocasionará o remanejamento compulsório de mais de trezentos mil alunos, impactando o cotidiano de inúmeras famílias, a atividade profissional de milhares de professores e demais profissionais da educação, sem contar as mudanças desencadeadas nas escolas que permanecerão na rede estadual, como o aumento do número de estudantes por turmas e o acirramento dos problemas relativos ao atendimento da educação de jovens e adultos e de estudantes com deficiência e transtornos globais do aprendizado, só para listar alguns exemplos. Apesar de prever o fechamento de noventa e três escolas, não há nenhuma garantia de uso dos prédios públicos para outras atividades educacionais e nem a previsão de recursos financeiros e humanos para o desenvolvimento das ações propostas.

Destaca-se a falta de informações públicas e transparentes a respeito dessa política, tanto para subsidiar o debate público, como para respaldar as decisões tomadas. A proposta não foi apreciada nem mesmo pelas próprias instâncias estaduais de mobilização e normatização da educação, tais como o Conselho Estadual de Educação e o Fórum Estadual de Educação. No que se refere à elaboração do Plano Estadual de Educação, destaca-se ainda a tentativa unilateral do governo do Estado de São Paulo de se desresponsabilizar do ensino fundamental, considerando as intenções de ampliar a municipalização prenunciada no acréscimo da meta 21 ao Plano Estadual de Educação em debate na Assembleia Legislativa.

A falta de diálogo ficou evidente pela reação da comunidade escolar e, em especial, dos estudantes, que ocuparam quase duzentas unidades escolares. A intransigência por parte de determinados gestores educacionais e escolares se manifestou em diversas unidades, com a coação de estudantes e a divulgação de informações equivocadas, confundindo as comunidades escolares. Tal situação é um explícito desrespeito aos princípios de gestão democrática e do direito à participação dos jovens e familiares na definição dos processos educacionais, políticos e sociais, tais como previstos na Constituição Federal (artigos 205 e 206), no Estatuto da Criança e do Adolescente (artigos 53 e 58), na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (artigos 2º, 3º, 14 e 15) e no Estatuto da Juventude (Artigo 3º) e reiterados pelo Tribunal de Justiça, na decisão, em sede liminar, da legítima manifestação dos estudantes e da necessidade de debate da política pública proposta.

Além das violações no direito ao acesso à informação e à participação social, destacam-se algumas preocupações com relação ao conteúdo da reorganização escolar proposta pelo governo estadual. A referida proposta desconsidera o impacto da política no médio e no longo prazo para as escolas que permanecerão na rede, ignorando inclusive os dispositivos sobre acesso, permanência e qualidade previstos no Plano Nacional de Educação (Lei 13.005/14) e na Emenda Constitucional 59 de 2009, tais como a obrigatoriedade do ensino para todos os jovens de até 17 anos a partir de 2016, a superação do analfabetismo e a elevação da taxa líquida no ensino médio e da escolaridade da população entre 18 e 29 anos.

Inconsistências metodológicas também foram identificadas no documento base apresentado como subsídio para a proposta de reorganização escolar, tal como explicitado em estudo realizado por professores do Bacharelado e do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas da UFABC¹. Nesse estudo, conclui-se que o documento tem graves inconsistências quanto à fundamentação científica e à escolha das variáveis e, portanto, não apresenta elementos para fundamentar, nem sequer sugerir, as conclusões anunciadas pela Secretaria Estadual de Educação quanto aos impactos da política de reorganização.

Os inúmeros posicionamentos públicos apresentados por universidades paulistas de excelência (Congregação das Faculdades de Educação da UNICAMP e da USP, Conselho de Graduação da Unifesp), entidades sindicais, movimentos sociais, fóruns, redes e organizações da sociedade civil, bem como as manifestações e ocupações de escolas estaduais, demonstram a grande insatisfação e as significativas preocupações em relação à reorganização proposta pelo governo estadual.

Assim sendo, as instituições e entidades signatárias conclamam a Secretaria Estadual de Educação a atender aos reclamos de estudantes, da sociedade civil organizada e da comunidade científica, deixando de implementar, nesse momento, o projeto de reorganização da rede estadual de ensino. Reivindicamos que a decisão sobre uma eventual reorganização da rede estadual esteja de fato embasada em efetivos processos participativos, com amplo debate social, por meio da realização de audiências públicas regionalizadas; em planos de médio e longo prazos para a educação paulista; e em estudos melhor fundamentados que justifiquem determinadas decisões; bem como no dimensionamento do impacto em termos de recursos financeiros, humanos e pedagógicos das unidades que permanecerão e daquelas que eventualmente venham a ser encerradas.

Declaramos também nosso apoio aos estudantes e familiares e a todos aqueles que, ao lado dos professores e demais profissionais da educação, têm defendido e lutado cotidianamente por uma escola pública de qualidade que garanta o direito à educação de todas as crianças, adolescentes, adultos e idosos no estado de São Paulo. Nesse sentido, também solicitamos respeito e cuidado com a situação dos estudantes concluintes do ensino médio, para que não haja retaliações àqueles e àquelas que se mobilizaram contra a reorganização escolar e que sejam providenciados os documentos necessários de forma a não prejudicar a continuidade de sua trajetória escolar.

Com muita preocupação, manifestamos ainda que a sociedade não admitirá qualquer tipo de violência ou abuso das autoridades governamentais contra os estudantes que legitimamente vêm se organizando por meio das ocupações de unidades escolares e em manifestações de rua. Preventivamente, medidas judiciais de proteção desses estudantes devem ser tomadas para que não haja risco de que se fira a integridade das/dos adolescentes e jovens e o seu direito à livre manifestação.

30 de novembro de 2015.

Assinam:

Ação Educativa – Assessoria, Pesquisa e Informação

AMARRIBO Brasil

Associação Cidade Escola Aprendiz

Associação de Cooperação, Promoção e Incentivo à Cidadania – Associação Cooperapic
Centro de Estudos Educação e Sociedade – CEDES

Centro de Estudos e Pesquisas em Educação e Ação Comunitária – Cenpec

Comitê São Paulo da Campanha Nacional pelo Direito à Educação

Conselho de Representantes dos Conselhos de Escola – CRECE

CORSA – Cidadania, Orgulho, Respeito, Solidariedade e Amor Diretoria da Associação dos Docentes da USP

ECOS – Comunicação em Sexualidade

Escola de Governo

Fórum Municipal de Educação de São Paulo

Fórum Municipal de Educação Infantil de São Paulo

Fórum de Educação de Jovens e Adultos do Estado de São Paulo

Fórum Paulista de Educação Infantil

Geledés – Instituto da Mulher Negra

Grupo THESE – Projetos Integrados de Pesquisas em Trabalho, História, Educação e Saúde (UFF-UERJ-EPSJV-Fiocruz)

GT Educação da Rede Nossa São Paulo

Instituto Alana

Instituto Avisa Lá – formação continuada de educadores

Instituto Brasileiro de Estudos e Apoio Comunitário – IBEAC

Instituto Paulo Freire

Mais Diferenças

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST

Movimento Negro Unificado

SINTEPS – Sindicato dos Trabalhadores do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza

União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo – UMES

 

 

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Presidente do Alana integra conselho do CCFC

O Campaign for a Commercial-Free Childhood  (CCFC) é um movimento de conscientização dos malefícios da publicidade direcionada às crianças e promove uma infância livre dos interesses comerciais.

Ana Lucia Villela, presidente e co-fundadora do Instituto Alana, juntou-se ao Conselho Administrativo do Campaign for a Commercial-Free Childhood (CCFC) – Campanha para uma Infância Livre de Comércio (tradução livre) – organização não-governamental com sede nos Estados Unidos. O CCFC, fundado em 2000 pela psicóloga Susan Linn e um grupo de educadores, profissionais da saúde e pais, trabalha para apoiar os esforços das famílias que se preocupam em evitar a exposição das crianças à publicidade e luta pelo fim do marketing direcionado ao público infantil.

O CCFC anunciou em sua última newsletter a chegada da nova conselheira. “Estamos animados em ter a paixão, liderança e experiência da Ana Lucia em nosso Conselho”, dizia o texto. “Depois de participar de um dos Consuming Kids Summits do CCFC, ela levou ao seu país a luta pelo combate à publicidade para crianças com a criação do Projeto Criança e Consumo. Desde então, a iniciativa, que faz parte do Instituto Alana, conquistou diversas vitórias”, completa o texto.

Ana Lucia é formada em Pedagogia e Administração, com mestrado em Psicologia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Ela é membro do conselho de várias instituições do terceiro setor, como a Conectas Direitos Humanos, Itaú Cultural, Instituto Akatu e Brincante. Ana Lucia também é membro da Ashoka Fellows, rede de empreendedores sociais.

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VIDEOCAMP está no ar com novidades

Plataforma criada pelo Instituto Alana e pela Maria Farinha Filmes tem o intuito de promover o cinema como ferramenta de transformação social.

A versão completa do VIDEOCAMP está no ar: trilíngue Mídia (português, inglês e espanhol), a plataforma é um canal de comunicação que reúne filmes e indicações de produções cinematográficas que provocam, sensibilizam e inspiram. Criada pelo Instituto Alana em parceria com a Maria Farinha Filmes, a plataforma sobe com mais de 100 filmes cadastrados, sendo que muitos estão disponíveis para exibição pública gratuita.

O VIDEOCAMP possibilita que produtores do mundo todo cadastrem seus filmes e os disponibilizem para exibições públicas gratuitas ou visualizações individuais. No cadastro também será possível incluir conteúdos extras com informações complementares ao tema abordado pelo filme, como por exemplo, instituições que trabalham o tema ou livros e materiais explicativos. Todas as inscrições passam por uma avaliação técnica e de conteúdo que levará em conta a mensagem e seu potencial de transformação do mundo.

Veja também:
– VIDEOCAMP é lançado no Festival SXSW em Austin (EUA)

O VIDEOCAMP também reúne indicações de filmes inspiradores disponíveis em outras plataformas. “O importante é que os filmes emocionem, divirtam e toquem os espectadores promovendo debates e reflexões. Queremos que essas causas ganhem força com novos agentes multiplicadores”, explica Carolina Pasquali, diretora de comunicação do Alana. Vale dizer que o Alana sempre apostou em filmes para amplificar o alcance das causas com as quais trabalha. O “Muito Além do Peso”, por exemplo, patrocinado pelo Instituto, já chegou a mais de 5 milhões de pessoas e contribuiu para várias mudanças importantes no tema da obesidade infantil.

Trata-se de uma forma alternativa de distribuição, que busca o impacto, e funciona tanto para o produtor do filme, que aumenta o público da sua obra, quanto para o espectador, que acessa um conteúdo de qualidade e amplia sua visão de mundo. “Essa nova estratégia, que conecta o público com causas, têm um grande potencial de engajamento e transformação”, conta Luana Lobo, sócia e diretora de distribuição híbrida da Maria Farinha Filmes.

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Frente Parlamentar da Criança e do Adolescente é relançada

Nesta quinta-feira (26) será relançada em Brasília a Frente Parlamentar Mista de Promoção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente. O evento, que contará com a cerimônia de posse dos parlamentares, ocorre durante a programação da campanha “16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”. Estão previstas também comemorações pelo aniversário de 26 anos da Convenção Internacional dos Direitos da Criança da ONU e também homenagens à ex-coordenadores da Frente em outras legislaturas.

A Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente do Congresso Nacional foi constituída em 1993 e desde então, vem construindo e consolidando uma agenda em favor das crianças e dos adolescentes no Congresso. O movimento é suprapartidário de parlamentares, que conta com apoio de organizações governamentais, não governamentais e organismos internacionais.  O Instituto Alana fará parte da frente e acredita que a construção em conjunto com os movimentos sociais e com a sociedade civil é fundamental para um diálogo democrático.

Lançamento e ato de posse da Frente Parlamentar Mista de Promoção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente
Data: 26/11/2015
Horário: 10h30
Local: Salão nobre da Câmara dos Deputados

Foto: Via Flickr

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Alana participa da Mobilização Mundial pelo Clima

Em dezembro de 2015, líderes mundiais se reúnem pela última vez nesta década para discutir como os países vão enfrentar as mudanças climáticas. Para pressionar os governantes brasileiros a apresentar metas mais ousadas, dia 29 de novembro acontece a Mobilização Mundial pelo Clima, no vão livre do MASP. Além da mobilização contra as mudanças no clima, o evento terá uma programação cultural e educativa que inclui a Feira de Trocas de Brinquedos, uma iniciativa do Instituto Alana.

“A Feira busca promover a colaboração entre as crianças a partir da troca de brinquedos usados, e também incentiva a socialização. É uma alternativa sustentável de lazer que envolve reflexões sobre consumo e permite que as crianças deem um novo significado aos brinquedos”, explica Renata Franco, coordenadora das Feiras.

Veja também:
– Filmes, trocas e atividades culturais na Virada Sustentável
– Duas feiras, dois espaços e muitas trocas

A participação do Instituto Alana, através de seus Projetos Criança e Consumo e Prioridade Absoluta, endossa um pedido de outras organizações, coletivos, e redes que assinaram um manifesto aos líderes brasileiros para que haja um consenso e soluções para frear as mudanças climáticas, para que possamos deixar um mundo melhor em especial para as crianças, razão de defesa e proteção do Instituto.

A Mobilização Mundial pelo Clima, em São Paulo, acontece um dia antes da Conferência do Clima de Paris e promete ser uma das grandes manifestações, com estimativa de público de aproximadamente 700 mil pessoas, em prol de metas de redução da emissão de gases de efeito estufa mais eficazes, já que o Brasil é o sétimo maior emissor de gases de efeito estufa no mundo. Estão programadas atividades culturais e oficinas na frente do MASP, às 14h a marcha do MASP ao Ibirapuera e às 17h o show pelo Clima.

Serviço:

Feira de Trocas de Brinquedos – Mobilização Mundial pelo Clima
Data: 29 de novembro de 2015, às 10 às 14 hs
Local: Casa das Rosas
Endereço: Avenida Paulista, 37, em São Paulo / SP

 

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Reportagens retratam o direito da criança na crise hídrica

O concurso realizado pelo Prioridade Absoluta em parceria com a Agência Pública selecionou cinco projetos que retrataram a questão em diferentes lugares do Brasil.

Foram 77 inscrições de 16 estados brasileiros, cinco selecionadas dos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Ceará e Pará, mais de 40 compartilhamentos no Facebook e quase 100 republicações por outros veículos de comunicação. Esses foram alguns dos resultados da parceria entre o Projeto Prioridade Absoluta, do Instituto Alana, com a Agência Pública, de jornalismo investigativo independente. O concurso lançado em abril distribuiu cinco microbolsas no valor de R$ 5 mil para a execução de matérias jornalísticas com o tema: “água e os direitos da infância”.

A ideia do concurso surgiu da preocupação com os direitos das crianças durante a crise de abastecimento hídrico que diversas regiões do país enfrentam, com intuito de mostrar histórias que muitas vezes não são contadas. “Queremos ressaltar por meio dessas reportagens a importância de efetivar o artigo 227 da Constituição Federal, que coloca as crianças como prioridade absoluta nos planos e preocupações da nação, mas que muitas vezes é violado”, afirma Isabella Henriques.

A primeira matéria publicada no dia 24 de agosto foi Hoje não tem água nem aula, autoria de Camila Camilo. A reportagem mostra a realidade das escolas paulistas que desde 2013 sofrem com a crise de abastecimento hídrico. Para pais, professores e diretores, a falta de orientação agrava a situação dos alunos. Leia na íntegra.

Ilha dos marinheiros: à margem de Porto Alegre, realizada por Gabrielle de Paula, Luis Felipe Abreu e Yamini Benites, foi o segundo projeto publicado, e dessa vez com exclusividade no Jornal Zero Hora, do Rio Grande do Sul. A matéria revela outra faceta da capital gaúcha, onde crianças vivem em palafitas em meio às águas poluídas do rio Guaíba. Leia na íntegra.

A terceira reportagem, Caminhões-pipa no Ceará entregam água imprópria à população, de Thays Lavor, mostrou a realidade de moradores do estado nordestino que reclamam da qualidade da água distribuída na operação de combate emergencial à seca que se arrasta há quatro anos e ainda constatou que crianças e idosos têm adoecido por causa da contaminação. O governo do Estado inclusive emitiu uma nota em resposta a reportagem. Leia na íntegra.

Em Minas Gerais, Cibelih Hespanhol, Helen Santa Rosa, João Roberto Ripper realizaram a reportagem Nem água nem terra que mostrou a vida das crianças de comunidades vazanteiras que vivem de acordo com o ciclo natural do São Francisco e que agora sofrem com a crise do rio. Leia na íntegra.

E por último O Preço da Água, de Sarah Fernandes, mostrou como a concessão do abastecimento para a Odebrecht Ambiental, no sudeste do Pará, veio acompanhada de tarifas altas e que por isso, muitos moradores de baixa renda precisam decidir entre pagar a conta ou garantir a alimentação das crianças. Leia na íntegra.

Além das cinco selecionadas, a Agência Pública conseguiu por meio de financiamento coletivo executar mais um projeto inscrito no concurso, “Infância Interditada”, de Donminique Azevedo, que retrata a situação precária que muitos meninas e meninos vivem nas encostas de Salvador (BA).

Foto: João Roberto Ripper

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Criança e Consumo é “história de sucesso” no Congresso da CI

Maior entidade federativa de proteção e defesa do consumidor em todo o mundo, Consumers International foi fundada em 1960, tem representação em cerca de 120 países, com mais de 240 organizações filiadas.

Como reconhecimento da relevância na discussão sobre o consumismo infantil, o Projeto Criança e Consumo foi um dos escolhidos para ser apresentado como uma das “Histórias de sucesso dos membros da Consumers International” durante o 20° Congresso Mundial da Consumers International. O evento, que acontece pela primeira vez no Brasil entre os dias 18 a 21 de novembro em Brasília, é o maior encontro internacional sobre direito do consumidor.

Isabella Henriques, diretora do Instituto Alana e coordenadora do Criança e Consumo, apresenta no dia 19 de novembro (data a confirmar)  a trajetória do Projeto. “Para nós é muito importante esse reconhecimento por parte de uma instituição internacional e relevante no cenário dos direitos do consumidor. Durante os 10 anos de vida do Criança e Consumo, que serão completados ano que vem, tivemos grandes conquistas na discussão sobre o consumismo infantil, e sabemos que ainda temos muitos desafios pela frente”.

A edição deste ano além de comemorar os 25 anos do Código de Defesa do Consumidor, também celebra o calendário internacional dos direitos do consumidor, tendo como tema central “Potencializando o Poder do Consumidor: Uma Visão para o Mercado Global”. Durante o encontro serão debatidos assuntos referentes ao contexto do consumidor emergente global em seu cotidiano, bem como seus direitos e responsabilidades em um mundo globalizado.

Veja também:
– Carta pede fortalecimento da América Latina na luta contra a obesidade 
– Entidades exigem fim da publicidade de alimentos não saudáveis
– Dia do Consumidor terá o direito à alimentação saudável como bandeira

Simultaneamente à programação oficial acontecem atividades paralelas. Entre os eventos está o seminário “Políticas públicas para combater a obesidade e apoiar os direitos dos consumidores a uma dieta saudável” com a participação da advogada do Instituto Alana Ekaterine Karageorgiadis. O objetivo do encontro que será no dia 18, das 15 às 17h30 é compartilhar experiências de políticas públicas nos países da América Latina, da Ásia e da Europa que defendem os direitos dos consumidores no sentido de combater a obesidade.

Dividido em três etapas, o seminário aborda experiências latino-americanas, discute o cenário global e a convenção mundial sobre alimentação saudável e encerra com um debate geral sobre o assunto. O evento é aberto ao público e os interessados em participar podem se inscrever aqui. Para obter mais informações sobre os eventos paralelos, clique aqui.

20° Congresso Mundial da Consumers International
Data
: 18 a 21 de novembro
Local: CICB – Centro Internacional de Convenções do Brasil
Endereço: SCES Trecho 2, Conjunto 63, Lote 50 – Asa Sul, Brasília – DF

Programação paralela

Políticas públicas para combater a obesidade e apoiar os direitos dos consumidores a uma dieta saudável
Dia e horário: 19 de novembro, 15h às 17h30 (data a confirmar)
Local: CICB – Centro Internacional de Convenções do Brasil
Aberto ao público. A sessão será apenas em Inglês.

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Outro Olhar – Convivendo com a Diferença

O Instituto Alana lançou o documentário “Outro Olhar – Convivendo com a Diferença”. O curta-metragem conta a história de Charbel Gabriel, um homem de 60 anos com síndrome de Down que trabalha, pratica atividades físicas, estuda e interage diariamente com a sua família e comunidade.

O intuito de contar essa história é mostrar para a sociedade que a síndrome de Down não precisa ser um fator de isolamento social. Os depoimentos do protagonista, seus parentes e amigos, mostram os caminhos percorridos que o levaram a ter uma vida plena e feliz.

A discussão sobre o envelhecimento da pessoa com  síndrome de Down ainda é muito recente. Até 1980 a expectativa de vida das pessoas com síndrome de Down ficava em torno dos 30 anos de idade, tornando a população de idosos com síndrome de Down quase desconhecida ou extremamente rara. Hoje, esta média fica em torno de 55 anos, o que faz com que casos como o de Charbel sejam cada vez mais comuns.

O filme está disponível gratuitamente na plataforma Videocamp, e é uma produção da Maria Farinha Filmes.

 

 

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Música em Família encanta, diverte e emociona

Em parceria com o Alana, o Livro-CD Movimento é lançado

Na noite do dia 15 de outubro uma festa multicolorida tomou conta do Auditório do Ibirapuera-Oscar Niemeyer, em São Paulo. No palco uma orquestra, uma banda, um conjunto de bailarinos e projeções, todos em completa harmonia cadenciando o show de lançamento do Livro-CD Movimento, do Música em Família em parceria com o Instituto Alana. Na plateia mães, pais, professores e crianças (muitas!) dançaram e cantaram nessa noite mágica.

Inspirado na Tropicália, o Livro-CD Movimento é o quarto projeto do Música em Família, produtora cultural especializada em projetos voltados para a escola, a família e a criança, criado por Paula Santisteban e Eduardo Bologna há 11 anos. Esse novo trabalho tem como foco a voz da criança, sua expressão e autoria. O livro em formato de fanzine é costurado por estações que abordam temas como a interferência na voz da criança, seu desejo de ser ouvida e reconhecida pelo adulto, a vida no coletivo, as relações de amizade, as brincadeiras e possibilidades de se expressar por diversas linguagens, como a música, a dança, as artes visuais, o teatro, a poesia, etc.

E foi com esse passeio lúdico que a plateia do Auditório foi presenteada. No espetáculo Paula Santisteban e Eduardo Bologna apresentam canções autorais inspiradas na Tropicália que fazem parte do Livro-CD, além de versões de Gilberto Gil e Torquato Neto (Geleia Geral), Caetano Veloso (Baby), Jorge Ben Jor (A Minha Menina) e João de Barro (Três Caravelas, versão em português de Las Tres Carabelas). Essa última ganhou uma contribuição especial das crianças ali presentes, na entrada do Auditório, antes do show começar, os pequenos (e grandes também) coloriram e desenharam em três barcos de madeira, que depois foram usados pelos bailarinos durante a música. A plateia também pode brincar com barquinhos de papel distribuídos na porta, feitos especialmente para a ocasião. (Veja as fotos no álbum abaixo)

A orquestra do disco, regida por Ed Côrtes, estava lá garantindo o ritmo do show junto com a banda original do Música em Família. E para completar esse cenário de fantasia, bailarinos dançaram coreografias de Liliane de Grammont e as projeções do VJ Scan deram o tom da festa, que ficou completa quando a criançada subiu no palco cantando e dançando.

E como todo espetáculo tem um “grand finale”, na música “Filho Fly”, que fala sobre a importância de criar os filhos para o mundo e de deixa-los livres para viver, o fundo do palco do Auditório se abriu, transformando o Parque e suas árvores num cenário emocionante. Se o objetivo era proporcionar momentos divertidos de interação da criança com a família, por meio de atividades artísticas e brincadeiras, o show de lançamento do Movimento conquistou isso e muito mais.