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Projetos do Alana na 6ª edição da Virada Sustentável

Renata Meirelles e Estela Renner participam de debates; Sessões de filmes do VIDEOCAMP e Feiras de Trocas de Brinquedos complementam a programação do Alana na Virada

Entre os dias 25 e 28 de agosto acontece a 6ª edição da Virada Sustentável, o maior festival de educação e mobilização para a sustentabilidade do Brasil, em São Paulo. O Instituto Alana, um dos apoiadores do evento, participará com diversas atividades desenvolvidas por seus projetos, que acontecerão em diferentes pontos da cidade durante os quatro dias da Virada.

No primeiro dia, Antonio Lovato, do projeto ‘Escolas Transformadoras’, corealizado pela Ashoka e Instituto Alana, participa do ContAí, breves rodas de conversas seguidas de interação com o público, das 17h às 18h, na Unibes. Na sequência, Estela Renner, diretora do filme ‘O Começo da Vida’, representa a Maria Farinha Filmes, parceria do Instituto Alana, no debate ‘Cinema: Luzes, câmera, mudança!’. No dia 26, Renata Meirelles, diretora do documentário ‘Território do Brincar’, participa do seminário ‘Se essa rua fosse minha’ ao lado de outros educadores na UMAPAZ, no Parque do Ibirapuera, a partir das 9h.

No dia 27, Maria Helena Masquetti, psicóloga do Instituto Alana, participa de uma roda de conversa com outros três convidados para debater a temática da alimentação, consumo e desperdício, envolvendo mulheres e jovens dos bairros Jardim Lapenna e União de Vila Nova, e alunos do Colégio Bandeirantes de São Paulo, na zona leste. A conversa começa às 13h30 no Galpão de Cultura e Cidadania, na Rua Serra da Juruoco, 102, em São Miguel.

Por meio da plataforma VIDEOCAMP, serão exibidos os filmes ‘O Começo da Vida’ (25/08 às 15h; 27/08 às 16h e 28/08 às 16h) e ‘Muito Além do Peso’ (26/08 às 15h; 27/08 às 14h e 28/08 às 14h), na Biblioteca Villa Lobos, em Pinheiros. Ainda no bairro, o Quitanda, em sua primeira participação na Virada, também realiza, no dia 28, apresentações de três filmes da Maria Farinha Filmes: ‘O Começo da Vida’, às 11h; ‘Muito Além do Peso’, às 13h; e ‘Tarja Branca’, às 15h. Para participar da programação no Quitanda, é preciso se inscrever trinta minutos antes da atividade.

Ainda na programação do VIDEOCAMP, quatro unidades da ‘Fábrica de Cultura’ apresentam sessões do filme ‘A batalha do Passinho’, uma parceria da plataforma com o diretor Emílio Domingos. As exibições acontecem no Jaçanã (24/08, às 10h), Brasilândia (26/08, às 10h), Jardim São Luís (28/08, às 15h) e Vila Nova Cachoeirinha (28/08, às 19h).

Está prevista também a realização de duas feiras de trocas de brinquedos, organizadas pelas escolas CEU Pêra Marmelo nos dias 25 e 26 de agosto, das 10h às 16h (Rua Pêra Marmelo, 226 – Jaraguá), e Garatuja Educação Infantil, no dia 27 de agosto, das 10 às 14h (Rua Campevas, 432, Perdizes).

Como muitas das atividades da Virada são ao ar livre, o Criança e Natureza, projeto do Instituto Alana, elaborou dicas para as famílias aproveitarem a experiência na natureza e potencializarem o brincar das crianças. O curta metragem ‘Criança e Natureza’, que retrata a importância desse movimento, será exibido no auditório da Biblioteca Villa Lobos, no bairro Alto de Pinheiros nos dias 26 (às 15h), 27 (às 14h) e 28 (às 14hs). Ainda na biblioteca acontecem duas sessões do filme ‘O Começo da Vida’ (dias 27 e 28, às 16h), ambas precedidas do vídeo ‘Brincando com a Natureza nas Cidades’. Além disso, há sugestões de como fazer passeios na companhia de outras famílias. O conteúdo estará disponível no site da Virada Sustentável.

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Alana e Faculdade Sumaré fecham parceria

Parceria de cooperação técnico-pedagógica entre Instituto Alana e Instituto Sumaré de Educação Superior (Faculdade Sumaré) foi assinada no dia 24 de agosto.

Instituto Alana firmou com a Faculdade Sumaré uma parceria de cooperação técnico-pedagógica a fim de contribuir com materiais para atividades de ensino-aprendizagem e formação de professores. Os livros “Criança e Consumo – 10 anos de Transformação”, “Território do Brincar – Diálogos com as Escolas”, “A Última Criança na Natureza” e os filmes “Criança, a Alma do Negócio”, “Muito Além do Peso” e “Tarja Branca” serão doados para as 10 unidades de biblioteca da faculdade pelo Instituto Alana.

Com duração inicial de um ano, a parceria prevê também a organização de cines-debates com exibição do “O Começo da Vida”, “Criança, a Alma do Negócio” e “Muito Além do Peso”, de Estela Renner, e do documentário “Território do Brincar”, de Renata Meirelles, produzidos pela Maria Farinha Filmes em parceria com o Instituto Alana. As exibições serão realizadas pela plataforma VIDEOCAMP, que disponibilizará atividades complementares dos estudantes e de planejamento das aulas para os docentes.

Veja também:
– Seminário Criança e Natureza em SP e no Rio
– Espaço Alana na 7ª edição da Semana Mundial do Brincar
– Roda de conversa: a importância da empatia na educação

Os projetos Criativos da Escola, Escolas Transformadoras, Criança e Natureza, todos permeados pela questão da educação inclusiva, servirão de estudo e tema para rodas de conversas e palestras para os estudantes dos cursos de pedagogia, letras, história e geografia das Unidades Tatuapé I, Imirim, Santo Amaro, Sumaré e Belém.

Marcos Nisti, CEO do Instituto Alana, participou da assinatura do convênio com Fernando Soria Barbosa, vice-presidente executivo da Mantenedora, Professor Dr. Ramon Casas Vilarino, diretor–geral da Faculdade Sumaré, professor Dra. Andreia Martins, coordenadora do Instituto de Educação e professora Metre Luciana Alves, coordenadora de extensão e pesquisa, também representando a instituição de ensino.

Foto: Free Images

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Prêmio Cidade da Criança anuncia vencedor

Tietê (SP) ficou em primeiro, seguido de Guarujá (SP) e Toledo (PR); o Prêmio Cidade da Criança visa reconhecer gestões que promovam boas práticas relacionadas aos direitos da criança.

A primeira edição do Prêmio Cidade da Criança, uma das categorias do Prêmio Cidades Sustentáveis, reconheceu Tietê, em São Paulo, como o município com as melhores práticas para vivência da infância entre os inscritos na competição. O Prêmio é uma iniciativa do Projeto Prioridade Absoluta, do Instituto Alana, em parceria com o Programa Cidades Sustentáveis e a Fundação Bernard van Leer (BvL).

As cidades foram anunciadas em um evento em São Paulo, no dia 24 de agosto, junto com as outras categorias do Prêmio (Bens Naturais Comuns; Cultura; Educação para a Sustentabilidade; Esporte; Governança; Mobilidade; e Saúde). A categoria Criança procurou destacar as cidades que cuidam de suas crianças por meio da implantação de política públicas e ações que lhes assegurem os direitos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Veja também:
– Justiça de Campinas recebe seminário ‘Primeira Infância no Estado de São Paulo’
– Relatório do Prioridade Absoluta mostra violações no transporte escolar
– Parceria com MP do Ceará busca garantir os direitos das crianças no estado

O foco em educação inclusiva e a implementação do Núcleo de Justiça Restaurativa da Educação foram algumas das ações identificadas como destaque no município de Tietê. As cidades de Guarujá (SP) e Toledo (PR) ficaram em segundo e terceiro lugar, respectivamente. Para chegar ao resultado, foram avaliadas as boas práticas das gestões municipais inscritas e também 72 indicadores do Programa Cidades Sustentáveis, e outros relacionados aos direitos fundamentais das crianças elaborados pelo Projeto Prioridade Absoluta. O projeto Criança e Natureza, também do Instituto Alana, contribuiu com indicadores para avaliar o impacto do contato das crianças com a natureza nos municípios.

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Foto: Divulgação/ Rede Nossa São Paulo

“A iniciativa é relevante para difundir experiências nacionais bem sucedidas na garantia do cumprimento dos direitos das crianças na educação, saúde, cultura, moradia, proteção e lazer com absoluta prioridade, como estabelece o artigo 227 da Constituição Federal”, explica Isabella Henriques, diretora de Advocacy do Instituto Alana.

Oded Grajew, coordenador-geral do Programa Cidades Sustentáveis, reforçou na premiação que “as categorias são importantes para reconhecer e valorizar as boas práticas e políticas exitosas das cidades, além de servirem de estímulo e inspiração para outros prefeitos e gestores públicos do país”.

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Parcerias com governo do Ceará fortalecem direitos da criança

Com apoio do Governo do Ceará, parcerias do Alana querem sensibilizar educadores para questões relacionadas à infância, a partir da exibição do filme “O Começo da Vida” 

Para promover a defesa dos direitos da criança, o Instituto Alana fechou duas parcerias com o Estado do Ceará.  A ação ocorreu em agosto de 2016, com o objetivo de ampliar o debate sobre a educação. 

Uma das parcerias envolve o Governo do Ceará para a distribuição de 7 mil DVDs do filme “O Começo da Vida”. O material chegou até as mãos de funcionários de escolas públicas de 184 cidades do Estado. 

A segunda foi firmada entre o projeto Prioridade Absoluta, do Instituto Alana, e o Ministério Público do Ceará, por meio do Centro de Apoio Operacional da Infância.

A assinatura da parceria com o Governo do Ceará aconteceu no Palácio da Abolição, com a presença da primeira-dama do Estado, Onélia Maria Leite de Santana, e o CEO do Instituto Alana, Marcos Nisti. Estavam presentes secretários Municipais de Educação e representantes das Coordenadorias Regionais de Desenvolvimento da Educação – CREDES. 

O objetivo das ações na região é sensibilizar os educadores para questões relacionadas à infância a partir da exibição do filme de Estela Renner. As CREDES ficarão responsáveis pela organização dos encontros e distribuição dos DVDs.

Parcerias em prol da infância

No Termo de Cooperação assinado com o Ministério Público está prevista a distribuição de materiais de apoio para auxiliar na fiscalização do transporte escolar. Além disso, o documento garante a exibição do documentário para o Sistema de Justiça em Fortaleza. 

A iniciativa de incluir na pauta a questão do transporte escolar surgiu da constatação de que o serviço prestado de maneira irregular e precária resulta em sérias e recorrentes violações aos direitos das crianças.

O Prioridade Absoluta também encaminhou uma denúncia ao Ministério Público do Ceará sobre as condições precárias do transporte escolar no Estado.  e sugeriu um roteiro de atuação para auxiliar o trabalho das promotorias públicas na efetivação do direito das crianças a um transporte escolar de qualidade.

Foto: Via Flickr

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Seminário Criança e Natureza em SP e no Rio

Nos dias 13 e 15 de julho, São Paulo e Rio de Janeiro, respectivamente, receberam o I Seminário Criança e Natureza organizado pelo recém lançado projeto do Instituto Alana, o Criança e Natureza. Pioneiro no Brasil, o evento procurou trazer informações e reflexões sobre a importância da conexão entre a criança e a natureza sob diferentes perspectivas: educação, saúde, cidades e meio ambiente.

Nas duas cidades o Seminário contou com uma roda de conversa com especialistas, com foco nos principais fundamentos e reflexões sobre o tema, uma vivência na natureza, conduzida pelo Instituto Romã e Instituto Árvores Vivas; conversas com organizações que já promovem a conexão de crianças e jovens com a natureza; e o lançamento do livro ‘A Última Criança na Natureza’ de Richard Louv, com palestra do autor. Tanto em São Paulo, como no Rio, os Seminários contaram com Cris Velasco, educadora e contadora de histórias, como mestre de cerimônia.

Em São Paulo, no Auditório da Bienal no Parque Ibirapuera, participaram Cecilia Herzog, professora de Projeto Urbano e Paisagismo na PUC-Rio; Daniel Becker, pediatra especialista em homeopatia; e Lea Tiriba, educadora-ambientalista. Participaram também a OUTWARD BOUND BRASIL (OBB), organização educacional, pioneira mundial em educação experiencial ao ar livre; e o Programa Rede da Vaga Lume, que faz a mediação entre educadores, escolas e ONGs da cidade de São Paulo e de comunidades rurais da Amazônia Legal brasileira.

Veja também:
– Espaço Alana na 7ª edição da Semana Mundial do Brincar
– Roda de conversa: a importância da empatia na educação
– ‘O Começo da Vida’ tem estreia mundial pelo VIDEOCAMP

No Rio de Janeiro, no Teatro Tom Jobim que fica dentro do Jardim Botânico, participaram a professora de Educação Ambiental Christiana Profice; a pedagoga Maria Amélia Pinho Pereira (Peo); o médico pediatra Ricardo Ghelman; e a canadense Suzanne Crocker que documentou nove meses de sua vida, isolada com o marido e os três filhos em uma pequena cabana no meio da floresta. Ser Criança é Natural, que promove encontros para pais e filhos, onde as crianças tem um contato direto e sensível com a natureza; e o Instituto Moleque Mateiro (IMM), criado com o objetivo de proporcionar momentos de prazer e aprendizado na natureza, participaram do evento carioca.

Além dessa intensa troca de experiências, o evento contou com a presença do jornalista norte-americano e especialista em advocacy pela infância Richard Louv, que lançou a edição em português do seu livro ‘A Última Criança na Natureza’ (‘The Last Child in the Woods’), que já vendeu mais de 500 mil exemplares e foi traduzido em 15 idiomas. O autor, referência no tema, cunhou o termo não médico Transtorno do Déficit de Natureza que busca chamar atenção para o impacto negativo da falta da natureza na vida das crianças.

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Espaço Alana na 7ª Semana Mundial do Brincar

Entre os dias 23 e 27 de maio, o Espaço Alana participou da 7ª Semana Mundial do Brincar com inúmeras atividades. Na abertura do evento foi realizado, no Jardim Pantanal, o 1º Painel Infância e Ludicidade, que reuniu educadores de São Miguel Paulista e região, para uma sensibilização sobre a importância do brincar, com a exibição do filme “Território do Brincar”. Ao longo da semana oficinas, jogos, exposição fotográfica, atividades físicas e um sarau intergeracional aconteceram no Espaço Alana.

O tema desta edição da Semana Mundial, “O Brincar que Encanta o Lugar”, buscou provocar uma reflexão sobre o poder que as crianças têm de encantar os lugares em que o brincar acontece. Além de sensibilizar e conscientizar os adultos sobre a importância do brincar e refletir sobre os impactos das consequências de haver cada vez menos tempo para isso na infância.

Durante a semana foi a vez das crianças se divertirem com jogos, oficinas de brinquedos e atividades lúdicas. No dia 25, foi celebrado o Dia do Desafio, em parceria com o SESC Itaquera, com performances de dança esportiva e circuito de recreação. Para encerrar as atividades da Semana, no dia 27, aconteceu o Sarau Cultural, que tem o apoio do Projeto Continuar, Cia. No Baú da Boneca e Grupo Poetas do Tempo.

O Slowkids, iniciativa da Respire Cultura com o apoio do Instituto Alana, também fez parte da Semana Mundial do Brincar, no dia 29, no Parque Villa Lobos, zona oeste de São Paulo.

Veja também:
– Roda de conversa: a importância da empatia na educação
– Redes contra retrocesso nos direitos das crianças
– ‘O Começo da Vida’ tem estreia mundial pelo VIDEOCAMP

Foto: Divulgação/ Instituto Alana

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Roda de conversa: a importância da empatia na educação

Por Mariana Antonieta Prado/ Escolas Transformadoras

No dia 19 de maio, aconteceu no espaço Crisantempo uma roda de conversa que reuniu 15 especialistas de diversas áreas para discutir o conceito de Empatia, uma das quatro competências necessárias para a formação de sujeitos transformadores.

O objetivo do evento foi construir, coletivamente, um entendimento sobre a importância da empatia como um valor e como uma competência que pode ser aprendida e cultivada na escola. Isso se insere  em um contexto de transformação de visões sobre a educação que observamos no Brasil e no mundo onde a atenção volta-se para a formação integral em que habilidades, tal como as socioemocionais, que por tanto tempo estiveram fora dos muros das escolas, hoje são valorizadas.

Além desses especialistas, outras cem pessoas estiveram  presentes, entre elas, diretores ou coordenadores de institutos e fundações de educação, líderes de sindicatos e secretarias de educação, editores de veículos da mídia especializados, diretores e membros de comunidades escolares. O evento foi filmado e transmitido ao vivo parapara cerca de 1160 de 229 cidades e 16 países.

Renato Janine Ribeiro, professor titular de Ética e Filosofia da FFLCH-USP e ex ministro da educação, abriu o evento explorando os conceitos de “paixão, compaixão razão e  educação”, tal como o filósofo Rousseau os aprofundou em suas obras.

Ana Cláudia Leite e Flávio Bassi, mediadores da conversa e líderes do programa Escolas Transformadoras, partindo da premissa de que a empatia pode ser aprendida e cultivada e que ela é a base para a formação de crianças transformadoras, iniciaram o debate  com duas perguntas: Quais são as principais implicações dessas premissas para a educação? Quais estratégias e ações podemos pensar juntos para ajudar a criar e/ou ampliar a demanda social por uma educação que equacione empatia com transformação social (por exemplo, como influenciar os pais para que promovam e esperem isso da educação de seus filhos, faculdades de educação para que incorporem em sua formação docente, governos para que esteja previsto nas políticas públicas, comunicadores para que pautem essa discussão na sociedade, etc.)?

Luciana Fevorini (Colégio Equipe), Sílvia Carneiro (Escola Amigos do Verde) , Sônia Ribeiro (Escola Luiza Mahin), Ana Elisa (E.M. Des. Amorim Lima), Maria Amélia (Colégio Viver), Kátia e Marcos (CIEJA Campo Limpo),  líderes das equipes das escolas reconhecidas pelo programa,  participaram da roda de conversa, representando a rede das Escolas Transformadoras. Trouxeram para a conversa a realidade cotidiana das escolas, ilustrando com exemplos como, de fato, é de responsabilidade dos educadores propiciar condições para que a Empatia seja vivenciada e aprendida dentro da escola.

Segundo Maria Amélia, diretora do Colégio Viver, é equivocado achar que a criança é naturalmente empática: “dentro da escola, em uma situação de conflito, é muito difícil fazer com que a criança se coloque com a cabeça do outro em uma situação adversa da dele. A empatia tem que ser desenvolvida e tem mecanismos para se fazer isso. É um exercício constante que cada vez mais deixa de existir em nossa sociedade, nas famílias, nas ruas. Quando eu era pequena, a gente brincava em uma rua que existia mais diversidade. Hoje tudo é mais setorizado e isso dificulta o exercício de se colocar no lugar do outro”, disse.

Leia a publicação composta por nove artigos e um poema aqui.

Assista ao vídeo abaixo e confira como foi este encontro inspirador!

Foto: Rodolfo Goud

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Redes contra retrocesso nos direitos das crianças

As Redes Nacionais de Defesa de Direitos Humanos com atuação na área dos direitos da criança e do adolescente lançaram uma Carta Aberta contra as ameaças de retirada de direitos, diante do contexto político atual. No documento, as Redes reafirmam a importância da articulação da sociedade civil para evitar retrocessos. Clique aqui para acessar o documento.

“Nesse sentido, ressaltamos que só a permanente articulação da sociedade civil, com a unidade e a mobilização de associações, fóruns, movimentos e redes, conjugando seus esforços e assegurando a construção coletiva, poderá fazer enfrentamento à retirada de direitos e aos possíveis retrocessos”, diz um trecho do documento.

O texto é assinado pela Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente/ Seção Brasil da Defence for Children International e Representante na REDLAMYC, Comitê Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, Fórum Nacional de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente – FNDCA, Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil – FNPETI, Rede ECPAT Brasil Pelo Fim da Exploração, Abuso Sexual e Tráfico de Crianças e Adolescentes, Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH), Rede Não Bata, Eduque e Rede Nacional da Primeira Infância. A seguir a íntegra da Carta Aberta.

CARTA ABERTA DAS REDES NACIONAIS DE DEFESA DE DIREITOS HUMANOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES

1 – As Redes Nacionais de Defesa de Direitos Humanos, com atuação especial na temática de Direitos de Crianças e Adolescentes, bem como as demais organizações da sociedade civil, vem, reafirmando o compromisso com a área da infância e juventude, tornar pública a presente Carta.

2 – Obtivemos conquistas e promovemos avanços na última década.

3 – Ainda restam desafios a serem superados para a proteção integral e a garantia de direitos de crianças e adolescentes.

4 – As conquistas e avanços, resultados de ampla mobilização social de setores que defendem esse segmento estão ameaçados em decorrência de propostas tendentes à redução da maioridade penal, à redução da idade mínima pra o trabalho, de retirada de direitos sociais de crianças e adolescentes, de desmonte de programas de transferência de renda e projetos contra os direitos sexuais e reprodutivos, entre outros.

5 – Em referida conjuntura de fragilidades, é inaceitável o enfraquecimento da Política de Direitos Humanos e em especial de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente.

6 – Esse lamentável retrocesso, que acentua a invisibilidade da pauta de direitos humanos de crianças e adolescentes, assim como o contexto de pautas antidemocráticas leva-nos à registrar o público posicionamento.

7 –Posicionamo-nos pelo aprofundamento da democracia, que necessariamente passa pela redução das desigualdades sociais e pela ampliação de direitos, principalmente de crianças e adolescentes, dos povos tradicionais, indígenas, do campo.

8 – Somos inteiramente contrários a toda forma de corrupção, sobretudo aquela decorrente de um sistema econômico que mercantiliza a vida de crianças e adolescentes.

9 – Ressaltamos que a garantia de direitos humanos de crianças e adolescentes não pode ser enfraquecida ou esvaziada. Nesse sentido defendemos a ampliação da participação de crianças e adolescentes em todos os espaços de decisão que impactam as suas vidas.

10 – Reforçamos que o Sistema de Garantia de Direitos (SGD) precisa ser fortalecido em investimentos e cumprimento da legislação vigente. Sobretudo, o fortalecimento dos conselhos de direitos e dos conselhos tutelares, instâncias conquistadas a partir de processos democráticos.

11 – Nesse sentido, ressaltamos que só a permanente articulação da sociedade civil, com a unidade e a mobilização de associações, fóruns, movimentos e redes, conjugando seus esforços e assegurando a construção coletiva, poderá fazer enfrentamento à retirada de direitos e aos possíveis retrocessos.

12 – Reafirmamos a coesão e a unidade em torno da construção da Política de Direitos Humanos e de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, privilegiando o Fórum Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente (Fórum Nacional DCA) como espaço de articulação e mobilização das distintas organizações de direitos humanos, por meio de suas redes estaduais e locais, bem como da articulação com outras redes nacionais, reafirmando a sua legitimidade e resistindo às dissensões que acabam por vulnerabilizar a pauta de direitos e conquistas.

Assinam:

  • Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente/ Seção Brasil da Defence for Children International e Representante na REDLAMYC
  • Comitê Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes
  • Fórum Nacional de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente – FNDCA
  • Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil – FNPETI
  • Rede ECPAT Brasil Pelo Fim da Exploração, Abuso Sexual e Tráfico de Crianças e Adolescentes
  • Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH)
  • Rede Não Bata, Eduque
  • Rede Nacional da Primeira Infância

(Informações: Rede Ecpat Brasil)

Foto: Via Flickr

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‘O Começo da vida’: o futuro se desenha na primeira infância

Longa metragem “O Começo da Vida”, dirigido por Estela Renner, aborda descobertas da neurociência sobre os primeiros anos de vida; documentário está disponível pela plataforma VIDEOCAMP

Antes de tudo: você sabia que cuidar bem dos primeiros anos de vida impacta diretamente o futuro da humanidade? Recém-lançado pela produtora Maria Farinha Filmes, “O Começo da Vida” aborda as descobertas da neurociência sobre o início da primeira infância.

O filme mostra que os bebês se desenvolvem não apenas a partir de seu DNA, mas da combinação entre sua carga genética e as relações com aqueles que os rodeiam. Além disso, apresenta entrevistas com especialistas e visita a famílias de diferentes culturas e classes sociais.

De acordo com Estela Renner, diretora do longa, “os registros emocionais tanto para o bem quanto para o mal têm um peso muito maior neste período. É um momento de formação, criação e  estruturação da pessoa”, diz.

A primeira infância é um momento de formação, criação e estruturação da pessoa

Gravado no Brasil e outros oito países, novo documentário da diretora Estela Renner entrou em cartaz em 21 cidades brasileiras. “O Começo da Vida” é uma produção da Maria Farinha Filmes. Ele é apresentado pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, Fundação Bernard Van Leer, Instituto Alana e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). 

“O Começo da vida”: convite para olhar a primeira infância

Criado para difundir o cinema como ferramenta de transformação social, a plataforma online e gratuita VIDEOCAMP disponibilizou o filme para exibição públicas, nas cidades em que não estava em cartaz. Nos primeiros quatro dias, todas as sessões lotaram e 500 exibições foram marcadas pela plataforma.

“A mensagem do filme é a de que se mudarmos o começo da história, mudamos a história inteira. Por isso, o VIDEOCAMP e o longa estão juntos para levar essa ideia para o maior número de pessoas em diferentes lugares.” Quem explica é a diretora de Comunicação do Instituto Alana, Carolina Pasquali. 

Se mudarmos o começo da história, mudamos a história inteira.

A plataforma disponibilizará o filme dublado em seis idiomas, bem como legendado em 21 línguas. Além disso, oferecerá acessibilidade em LIBRAS, closed caption e audiodescrição, no aplicativo MovieReading para smartphones e tablets.

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Projeto Criança e Natureza lança site sobre o tema

A distância das crianças com a natureza vem aumentando nas últimas décadas com a urbanização desenfreada, o uso exagerado dos aparelhos eletrônicos e a destruição contínua das áreas verdes. As crianças estão passando mais tempo em ambientes fechados, crescem muitas vezes em meio à poluição e ao barulho, e estão hipnotizadas pelas telas, em um estilo de vida cada vez mais sedentário. O projeto Criança e Natureza surge da sensibilização do impacto negativo do Transtorno do Deficit de Natureza, termo este cunhado pelo autor do livro ‘A última Criança na Natureza‘, Richard Louv, tem na saúde e no desenvolvimento das crianças. Entendendo que o ambiente natural é o seu habitat, o projeto trabalha com o objetivo de garantir que as crianças cresçam e se desenvolvam em contato direto com a natureza.

“O tema da reaproximação das crianças com a natureza ainda é um debate desarticulado e pulverizado, por isso reunimos no site diversos recursos para que os pais, familiares, educadores tenham acesso a um espaço de consulta. Queremos comunicar a sociedade sobre a importância e os impactos positivos que o contato da criança com a natureza contribui para o desenvolvimento integral infantil e para a preservação do planeta”, explica Laís Fleury, diretora do Projeto Criança e Natureza.

No site, lançado nesta quarta-feira (20), além da biblioteca há uma lista com os benefícios de estar ao ar livre, um espaço para a divulgação das ações do projeto, e materiais para incentivar os adultos a levarem as crianças para a natureza, entre eles o Clube Natureza em família, que disponibiliza um manual de como reunir famílias para passarem mais tempo juntas na natureza. As estratégias e ações são desenvolvidas para envolver famílias, educadores e o poder público nessa missão de reaproximar as crianças da natureza.

Acesse o site: criancaenatureza.org.br

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