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Ensino domiciliar representa retrocesso na educação

O Projeto de Lei 3.179/12, que permite que a educação básica seja oferecida em casa, está em debate na Câmara dos Deputados para regulamentação. A maioria das organizações da sociedade civil da defesa de crianças e adolescentes, da educação, entidades que representam profissionais do ensino e colegiados das redes públicas se opõem ao ensino domiciliar. Defendem que este modelo representa retrocesso na educação, na efetivação de políticas de direitos humanos, sobretudo no direito à educação.

Lamentamos que o governo federal tenha elencado o tema do ensino domiciliar como única prioridade para a educação neste ano legislativo. Em vez de propor a discussão sobre temas universais da educação brasileira, como a criação de um Sistema Nacional de Educação, a diminuição da evasão escolar, a inclusão digital de estudantes e professores ou a revisão do Fundeb, neste grave momento de aumento da pobreza educacional como reflexo da pandemia de Covid-19 optou-se por concentrar esforços em um tema que diz respeito a uma parcela pequena da população.

Os direitos constitucionais à educação, profissionalização, cultura, liberdade e à convivência comunitária são absoluta prioridade para crianças e adolescentes. É dever da família, sociedade e do Estado garantir o melhor interesse deste grupo. Dessa forma, o melhor interesse da criança e do adolescente deve prevalecer sempre. Por isso a agenda da educação domiciliar é uma pauta sobre o direito das crianças e adolescentes e não sobre a liberdade de escolha das famílias. 

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, a Base Nacional Comum Curricular e o Plano Nacional de Educação buscam estabelecer padrões de qualidade mínimos na oferta de serviços educacionais. Sempre por meio de um processo permanente de construção compartilhada de sentidos, de experiências e de conhecimentos, que ocorre em espaços e tempos distintos e na relação entre pessoas.

O papel da escola

Nesse sentido, o papel da escola é muito mais amplo do que o de socialização. A escola é espaço de conhecimento físico, social, emocional, cognitivo e científico. Além de oferecer competências essenciais para a participação plena na sociedade em uma perspectiva cidadã, assim como no mercado de trabalho.

Para todos os estudantes, em especial para aqueles que se encontram em contexto de vulnerabilidade, o acesso à educação escolar tem sido o responsável para o reconhecimento de violações na infância e para o acesso à rede de proteção social. Sendo assim, o ensino domiciliar é uma prerrogativa excludente de milhares de estudantes. Pois desconsidera o papel protetivo e preventivo que as escolas desempenham na vida de crianças e adolescentes.

Para além dos argumentos sociais na defesa da educação escolar, está comprovado que políticas públicas indutoras de acesso e permanência em ambientes escolares são interdependentes e que a escola é um dos poucos fatores capazes de aumentar a riqueza de um país. Esta tese foi ganhadora do Prêmio Nobel em 1979, por Theodore Schultz. Ela comprovou que países mais desenvolvidos economicamente tinham maior investimento em capital humano, predominantemente pela educação escolar. Por outro lado, não há evidências consistentes ou indicadores de desenvolvimento sobre os efeitos da oferta do ensino domiciliar como política pública.

Por fim, o Alana entende que a família é responsável e importante nos processos educativos de crianças e adolescentes. Contudo, a legislação brasileira proíbe o ensino domiciliar. Justamente por entender que o espaço da escola exerce um papel central e insubstituível no cumprimento do dever estatal estabelecido constitucionalmente de garantir o direito fundamental à educação, bem como pela relevância da escola em promover os direitos à convivência comunitária.

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Proteger nossas florestas é proteger a infância

Proteger nossas florestas, a saúde do clima, as matas, os rios e as nascentes garante o bem-estar e a segurança de um futuro para as crianças. É a natureza quem chama as crianças para o movimento e a descoberta, nutre seus corpos e mentes e determina a sua sobrevivência no mundo. O contato dos pequenos com o meio ambiente é essencial para a garantia de um desenvolvimento físico e emocional potente e saudável. No entanto, esse direito está sendo constantemente ameaçado.

Em 2020, o Brasil bateu recordes nos índices de queimadas e de desmatamento tanto na região Amazônica como no Pantanal. De tal forma que vem acelerando as mudanças climáticas globais e a poluição do ar local. Hoje, 93% de todas as crianças do mundo já respiram um ar que contém concentrações mais elevadas de poluentes do que a OMS considera seguras para a saúde humana.

Saiba mais aqui: http://bit.ly/impactodasqueimadas

Tendo isso em vista, o Alana enviou carta para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama). Reivindicou esclarecimentos sobre a retomada dos trabalhos do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo). Além disso, apresentou uma representação para o Ministério Público Federal (MPF) requerendo estruturação de um sistema efetivo de proteção e prevenção do combate aos incêndios florestais. 

Proteger nossas florestas atravessa diretamente o direito das crianças à vida, à saúde e ao meio ambiente. É dever do poder público garantir que esse direito seja assegurado com absoluta prioridade, de acordo com a legislação brasileira vigente. Afinal, a proteção da natureza e o fim da poluição do ar gerada pelas queimadas contribuem para a redução dos efeitos das mudanças climáticas. Contribui inclusive para aqueles mais vulneráveis: as crianças. 

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Território do Brincar lança documentário “Brincar em Casa”

Como tem sido o brincar das crianças em casa durante a pandemia? O Território do Brincar, pesquisa patrocinada pelo Instituto Alana, investigou o assunto e o resultado é o documentário “Brincar em Casa” – disponível a partir do dia 22 de março gratuitamente na plataforma Videocamp. Na produção, crianças de diversos contextos e países nos apresentam como brincam em suas casas durante a pandemia do coronavírus, a partir de olhares e relatos de seus familiares.

“O foco foi perceber como ele (o brincar espontâneo) ocorria em um cotidiano tão modificado e em espaços e relações tão reduzidos. Mas, ao mesmo tempo, conhecer aspectos do brincar em casa que vão além de um período de pandemia. Ou seja, como exercitar cada vez mais o olhar para as expressões das crianças e aprender sobre o que está nas entrelinhas de cada ação delas?”, conta Renata Meirelles, diretora do filme ao lado de David Reeks.

Confira abaixo o trailer de Brincar em Casa:

Para contar como foi todo o processo de escuta das 55 famílias participantes, serão realizadas três lives com os pesquisadores envolvidos no projeto no canal do YouTube do Instituto Alana. Confira a programação abaixo:

Dia 31/03, às 19h30: “Escutas para o Brincar Livre: do campo ao isolamento”

Com: David Reeks (codiretor do filme) e Renata Meirelles (codiretora do filme e coordenadora da pesquisa ao lado de Sandra Eckschmidt).

Tema: Como o Território do Brincar vem realizando suas pesquisas e como foram as readequações que aconteceram nesse período de pandemia. Um relato aberto sobre o processo de pesquisa do documentário “Brincar em Casa”.

Dia 06/04, às 15h30: “A Cidade Virou Casa: espaços, tempos e relações do brincar”

Com: Gabriel Limaverde (educador e pesquisador), Lia Mattos (documentarista, produtora cultural, antropóloga e arte-educadora) e Soraia Chung Saura (professora na EEFE-USP e na FE-USP).

Tema: Como foi o processo das famílias de se voltarem para dentro de casa? Quais as mudanças de ritmos? Como as famílias com crianças se organizaram? O que foi transformado no espaço da casa? E como ficaram as relações no brincar livre?

Dia 14/04, às 19h30: “Brincar na Pandemia: a força do espontâneo”

Com: Elisa Hornett (educadora e pesquisadora), Sandra Eckschmidt (pesquisadora na UFSC e coordenadora da pesquisa ao lado de Renata Meirelles) e Reinaldo Nascimento (terapeuta social, educador físico, pedagogo e psicopedagogo)

Tema: Como foi o desafio de adentrar na espontaneidade das crianças, a partir das conversas com as famílias em isolamento social? Nesse encontro vamos explorar o fenômeno do brincar espontâneo durante esse período e o que ele nos diz para além de uma pandemia.

O processo de escuta com as famílias também resultou em um podcast, de mesmo nome que o filme, Brincar em Casa. Com 7 episódios ele revela, pela perspectiva do brincar, como se deu a convivência com as crianças em lugares como o quarto, a sala, a cozinha, o quintal, entre outros locais da casa. Para ouvi-lo acesse uma das seguintes plataformas de áudio:

Spotify
Podcast Addict
Google Podcasts
Apple Podcasts
Castbox
Pocketcast
Deezer
Orelo
Amazon Music

O podcast também está disponível em Libras e legendas descritivas no Canal do YouTube do Território do Brincar.

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Nota de pesar – Falecimento de Antônio Carlos Malheiros

Muitas são as mãos que constroem, todos os dias, a defesa dos direitos de crianças e adolescentes. Hoje, perdemos valiosas mãos que trabalharam sem descanso pela proteção à infância e aos direitos humanos em nosso país. Foi com muita tristeza que recebemos a notícia do falecimento de Antônio Carlos Malheiros, desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e conselheiro do programa Prioridade Absoluta, iniciativa do Alana.

Malheiros, foi coordenador da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça de São Paulo, e professor de três universidades. Ainda, foi presidente por dois mandatos da Comissão de Justiça e Paz de São Paulo. Uma voz de destaque no sistema de justiça no combate às desigualdades e em defesa dos direitos humanos. Era também o palhaço Totó, que lia histórias e divertia crianças hospitalizadas.

Dizer que a contribuição de Malheiros para os direitos humanos e a infância e adolescência brasileiras foi determinante não é exagero — assim como não é exagero nosso desalento com sua partida. Que seu legado nunca se apague. E mais, sirva de exemplo para que outros surjam a cada dia em busca de uma infância protegida, justa e feliz.

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Política de proteção a pessoas em situação de vulnerabilidade

Publicado em Fevereiro de 2021

O Instituto Alana, por meio de sua “Política de proteção a crianças, adolescentes e adultos em situação de vulnerabilidade”, tem como objetivo assegurar que nenhuma atividade ou ação desenvolvida pelos programas, plataformas e projetos do Instituto Alana cause danos a crianças, adolescentes e adultos em situação de vulnerabilidade. Ainda possui o propósito de ampliar as condições para que o Instituto alcance sua missão institucional de honrar a criança, e, assim, promover e proteger direitos de crianças e adolescentes com absoluta prioridade.

Acesse a versão completa aqui
Acesse a versão simplificada aqui

 

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Espaço Alana realiza live sobre literatura periférica

A literatura nos permite ser livres, amplia nossas percepções sobre o mundo e pode provocar encontros entre pessoas, ideias e lugares diversos. A literatura transforma e, para reduzirmos as desigualdades presentes no nosso país, é necessário reivindicarmos que ela seja acessível e reverbere vozes e realidades plurais.     

Para refletir sobre a potência da produção literária periférica, os avanços e desafios encontrados no contexto da pandemia e a possibilidade da poesia como um meio de transpor barreiras, a Biblioteca Espaço Alana realiza dia 2 de março o bate-papo online “Literatura Periférica: poesia, identidade e resistência”. 

Faça sua inscrição aqui:

A transmissão acontecerá das 16h às 17h e contará com intérprete de Libras. 

Participarão da live as convidadas Débora Garcia, escritora, poeta, compositora e produtora cultural e Mel Duarte, escritora, poeta, produtora cultural e slammer. A mediação do encontro será feita pela poeta Tawane Theodoro.

Há mais de 20 anos o Espaço Alana promove o acesso à cultura, educação e o fortalecimento do senso de cidadania de crianças e jovens da comunidade do extremo leste de São Paulo – o Jardim Pantanal. 

O espaço está fechado desde março de 2020, devido à pandemia do coronavírus, mas continuam realizando ações e promovendo diálogos para fomentar o desenvolvimento local, mesmo dentro de casa.

Participe também deste bate-papo ao vivo e conheça mais sobre esse gênero literário que vem fortalecendo a identidade e a cultura das periferias.

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No Chão da Escola: educação no contexto da pandemia

Como favorecer o acolhimento e o clima escolar no retorno do ensino presencial e no ensino remoto? Como garantir o aprendizado de todos em um contexto de acirramento de desigualdades e vulnerabilidades? Essas são apenas algumas das questões a serem debatidas no evento online No Chão da Escola: desafios e aprendizagens no ensino remoto e presencial, iniciativa do Instituto Alana, que acontece entre 26 e 28 de janeiro.

Muitos  foram os desafios para a manutenção de vínculos e da parceria entre escola, família e estudantes no contexto da pandemia, afinal, o que pudemos aprender com essa experiência?

A jornada formativa virtual tem em suma o objetivo inspirar e subsidiar a comunidade escolar frente aos novos desafios impostos pela pandemia. E, assim, contribuir com oportunidades formativas que resultem em aprendizagens seguras, acolhedoras e inclusivas para todos os estudantes.

O evento é destinado aos profissionais da educação, como professores, gestores de escola, equipes de apoio escolar e técnicas que atuam em escolas, Secretarias de Educação, Redes de Ensino, organizações sociais, e demais interessados. Tem como foco os desafios pedagógicos emergidos ou acirrados no contexto de pandemia e pós pandemia a partir de 5 eixos temáticos: Vínculo – elos entre escolas e famílias; Acolhimento – escuta, trabalho intersetorial e rede de proteção social; Aprender como um direito de todos; Corpo em movimento – desafios para o desenvolvimento integral; e Esperanças – construindo novos sentidos para a escola.

Confira abaixo a programação completa de No Chão da Escola: desafios e aprendizagens no ensino remoto e presencial.

>> Faça sua inscrição aqui. <<

A inscrição dá acesso a todos os dias do evento – 26, 27 e 28 de janeiro de 2021. As conversas serão online, transmitidas ao vivo pelo canal do YouTube do Instituto Alana

Para receber um lembrete no dia de cada evento, clique aqui e faça parte do nosso canal no Telegram.

PROGRAMAÇÃO NO CHÃO DA ESCOLA

26 DE JANEIRO  

das 18h às 19h15: Vínculo – elos entre escolas e famílias
Quais os desafios e conquistas do vínculo e da parceria entre escola, família e estudantes no contexto atual?

Com Telma Vinha (doutora em educação, pesquisadora e professora da Unicamp – SP), Kátia Schweickardt (professora da UFAM e ex-secretária de educação de Manaus – AM). Mediação de Tereza Perez (educadora e diretora-presidente da Comunidade Educativa CEDAC).

das 19h15 às 20h15: Acolhimento – escuta, trabalho intersetorial e rede de proteção social
Como promover o acolhimento sócio emocional de estudantes e professores em um contexto de acirramento das desigualdades e vulnerabilidades?

Com Ingrid Limeira (advogada, conselheira tutelar, especialista em Direitos das Diversidades), Telma Araújo Porto Couto (orientadora pedagógica e Coordenadora do Núcleo de Atendimento Multiprofissional da Rede Municipal de Educação de Jacareí – SP) e Cecilia Motta (bióloga, secretária de educação (MS) e presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação). Mediação de Ana Cláudia Leite (pedagoga e consultora de educação e infância do Instituto Alana).

das 20h15 às 20h35: Lançamento Território do Brincar – podcast Brincar em Casa
Com a pandemia do Coronavírus e a necessidade de isolamento social, o Território do Brincar em 2020 dedicou-se – a partir da construção de um cuidadoso questionário – a uma escuta online com famílias para compreender pelo contexto de cada criança, de seus ritmos, rotinas e interesses o que havia de espontâneo no brincar. Como resultado da pesquisa surgiu o podcast Brincar em Casa.

Com Renata Meirelles (educadora e codiretora do filme Território do Brincar).

27 DE JANEIRO  

das 18h às 19h15: Aprender como um direito de todos
Como garantir a aprendizagem de todos, sobretudo dos mais vulneráveis (negros, pobres e crianças com deficiência) no contexto da pandemia? Como desenvolver uma educação inclusiva, seja no ensino remoto, híbrido ou presencial?

Com Ednéia Gonçalves (socióloga, educadora e coordenadora executiva adjunta da ONG Ação Educativa) e Martinha Clarete Dutra (doutora em educação, pesquisadora e consultora em inclusão e membro do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência). Mediação de Luiz Miguel Garcia Martins (presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação e professor – Undime).

das 19h15 às 20h15: Corpo em movimento – desafios para o desenvolvimento integral
Como promover o desenvolvimento integral em um contexto de isolamento social? Como priorizar o corpo e a sensorialidade no currículo?

Com Jonailson Jordão Xisto (professor de biologia, premiado no Desafio Criativos da Escola 2019 – AM), André Cyrino (professor de educação fīsica, mestrado em Gestão e Avaliação da Educação Pública – CE) e Vasti Ferrari (pedagoga e Secretária de educação em Jundiaí – SP). Mediação de Ivan Claudio Pereira (doutor, professor, Conselheiro na Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação)

Das 20h15 às 20h35: Lançamento Percurso Formativo O Começo da Vida 2 Lá Fora

Com Paula Mendonça (assessora pedagógica do programa Criança e Natureza)

28 DE JANEIRO  

das 18h às 19h15: Esperanças – construindo novos sentidos para a escola
Como aproveitar o contexto de mudança da pandemia e pós pandemia para repensar os sentidos da escola e da educação? Quais esperanças queremos nutrir?

Com Chiqui González (educadora, advogada, dramaturga, ex-Ministra de Inovação e Cultura da Província de Santa Fé). Mediação de Helena Singer (líder de estratégia na Ashoka, consultora em educação e inovação social).

das 19h15 às 19h55: Relato de experiência

Com Lourdes Ramos (professora, orientadora, premiada no Desafio Criativos da Escola 2017), Lúcia Cristina Cortez (gestora escolar de Ensino Fundamental (AM) e vencedora do Prêmio Educador Nota 10)  e Rita Jaqueline Morais (Bióloga e professora de Educação Infantil da Rede Municipal de Novo Hamburgo – RS).

Das 19h55 às 20h35: Encerramento Artístico

Com Mafuane Oliveira (pesquisadora, arte-educadora, contadora de histórias e idealizadora do projeto Chaveiroeiro)  

Participe do evento: No Chão da Escola: desafios e aprendizagens no ensino remoto e presencial.

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“Pirimbim”: um convite à escuta e à imaginação

Contar histórias e trocar narrativas com as crianças é uma oportunidade de descobrir o mundo juntos e cultivar vínculos afetivos. Com o intuito de nutrir a criação desses laços no dia a dia das famílias e valorizar a força das narrativas orais com os filhos, netos, sobrinhos e alunos, o Alana convida os adultos e toda a criançada a se aventurar por meio da escuta e da imaginação na áudio-série “Pirimbim”.

Produzida pela produtora Junglebee, em parceria com a plataforma Orelo, distribuida pela Flow e com o patrocínio do Instituto Alana, a série estreia nesta terça-feira, dia 15 de dezembro. O podcast conta com 12 episódios de 10 minutos cada e poderá ser ouvido com exclusividade no aplicativo Orelo e no site do projeto: 

www.pirimbim.com.br

A distribuidora Flow tem compromisso com a democratização de acesso. Assim, a áudio série também estará disponível com ferramentas de acessibilidade incluindo tradução em LIBRAS e legendas descritivas em português. 

Criada pelo compositor e roteirista Fernando Salem (“Cocoricó” e “Castelo Rá-Tim-Bum”), pelo diretor de cinema e artista multimídia Tadeu Jungle e pelo empreendedor social, cineasta e CEO do Alana Marcos Nisti. “Pirimbim” conta a história de uma pequena chácara encantada, onde três crianças descobrem o mundo com a ajuda de um livro mágico. 

O maestro e compositor Luiz Macedo, autor de trilhas como as do Castelo Ra-tim-bum, Disney Clube e De Onde Vem assina a trilha sonora. Em meio a músicas e histórias fascinantes, Zizi, Felipe e Aninha se aventuram por narrativas que atravessam temas como:  Meio Ambiente, Integração Social, História Cultural, Ciência e Tecnologia, sempre de forma descontraída e em uma linguagem acessível. 

O projeto

O projeto foi criado com apoio de consultorias com especialistas da área de pedagogia e inclusão social. E tem o compromisso de abraçar a pluralidade da cultura brasileira e da infância. Essa missão se faz presente desde a criação dos personagens da série, até a construção das narrativas ao longo dos episódios. 

Zizi, por exemplo, é a caçula do grupo e uma criança com Síndrome de Down. Leda, por sua vez, uma mãe, cientista e grande contadora de histórias. Ela veio da Angola para o Brasil ainda jovem, trazendo diferentes perspectivas sobre cultura e ancestralidade para a turma.

Além disso, a escolha de desenvolver um produto sonoro também apresenta uma alternativa ao entretenimento em telas. O que é um estímulo para que a criatividade e imaginação das crianças alcancem longos voos. 

Neste fim de ano, “Pirimbim” é o nosso presente para que famílias possam fortalecer e valorizar seus laços de afeto, mesmo de longe. Para que se encantem juntos pelas invenções dos seres humanos e estendam essas aventuras através da contação de histórias para além da série.     

Saiba mais no site: www.pirimbim.com.br

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‘O Começo da Vida 2’ resgata conexão entre infância e natureza

Filme “O começo da vida 2” retrata vida além dos muros, mais saudável e integrada com o planeta

O que é natureza para você? Essa pergunta inspirou a produtora Maria Farinha Filmes, em parceria com o Instituto Alana e a Fundação Grupo Boticário, a lançar em 2020 um novo capítulo de “O Começo da Vida”. Desta vez,  provocando os espectadores a refletir sobre qual “lá fora” queremos construir. 

Muitos esquecem que nós também pertencemos a esse mesmo organismo que abriga as plantas, os animais, os rios. O nascimento de uma criança, por exemplo, é uma das grandes manifestações da natureza. Além disso, o brincar em contato com pedaços de folhas ou um punhado de terra secreta uma das relações mais primitivas do ser humano. 

 O nascimento de uma criança é uma das grandes manifestações da natureza.

No entanto, o processo de urbanização que experienciamos insiste em nos separar do mundo lá fora. Do mesmo modo, o desmatamento das florestas continua a ceifar o futuro das nossas próximas gerações. 

A chegada da pandemia Covid-19 evidenciou ainda mais as consequências físicas e psicológicas da privação ao ar livre na vida das crianças. No entanto, trouxe a urgência de reconstruir o imaginário do que é viver para além dos muros. Ou seja, de uma forma mais saudável e integrada com o planeta.

“O Começo da Vida 2: Lá Fora”, dirigido pela cineasta Renata Terra, lança luz ao distanciamento da nossa sociedade com o mundo natural. Ao mesmo tempo, alerta que ainda há tempo de transformarmos nossa relação com a natureza. 

O Começo da Vida 2: conexão com a natureza

O filme investigou grandes centros urbanos como Brasil, México, Chile, Peru e Estados Unidos. Ele traz reflexões de especialistas renomados e pensadores da área da infância e do meio ambiente. Crianças de diferentes culturas também revelam no filme sua visão sobre o momento de isolamento social e sua relação com a natureza. 

Nós também pertencemos a esse mesmo organismo que abriga as plantas, animais e rios. 

Mantendo o compromisso do Alana de democratizar o acesso à cultura e à informação, também será possível assistir pela plataforma Videocamp.  Sessões públicas poderão ser programadas, desde que sejam respeitados os protocolos de saúde. Ou seja, evitar aglomerações e praticar o distanciamento quando feita ao ar livre. Também poderão organizar uma exibição entre pessoas que estejam passando a quarentena juntas.

Distribuído pela Flow, o filme estreia no dia 12 de novembro, em 190 países, por meio das principais plataformas de streaming – inclusive a Netflix. No Videocamp, o filme conta com recursos de legendas, legendas descritivas – closed caption, audiodescrição e linguagem de sinais em português, inglês e espanhol.


Brincar em contato com pedaços de folhas ou um punhado de terra secreta uma das relações mais primitivas do ser humano.

Conexões genuínas entre as crianças e a natureza podem revolucionar o nosso futuro. Nos ajude a semear essa discussão para mais pessoas e devolver aos pequenos e às próximas gerações a chance de viver uma infância livre, saudável e rica em natureza. 

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Eleições 2020: Alana publica carta aberta aos candidatos e candidatas

No centro da imagem está escrito em branco em um fundo verde: Carta aos candidatos e candidatas às eleições municipais de 2020. Pela promoção e defesa dos direitos das crianças e adolescentes.

Eleições 2020

Publicado em São Paulo, outubro de 2020.

A fim de defender e promover a prioridade absoluta dos direitos de crianças e adolescentes no processo eleitoral, bem como nas próximas gestões municipais, o Instituto Alana redige uma carta aberta aos candidatos e às candidatas às eleições municipais de 2020.

Acesse a íntegra da Carta Aberta aos candidatos e candidatas às eleições municipais de 2020.

A infância é um momento único de conquistas físicas, socioemocionais e cognitivas. Para que todas as crianças tenham condições para o seu pleno desenvolvimento, é necessária a atenção especial do Estado na formulação de planos e políticas públicas. Em virtude disso, o Instituto Alana elaborou uma carta aos candidatos e candidatas às eleições municipais de 2020. O documento pede que a promoção dos direitos da infância e adolescência tenha prioridade absoluta, desde o plano de governo.

Prioridade absoluta 

“É dever  da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.” (Artigo 227, Constituição Federal)

Eleições 2020: crianças são prioridade absoluta

Em síntese, a carta destaca a necessidade de compromisso dos candidatos com a redução das desigualdades ampliadas. Sejam elas em decorrência de gênero, raça, classe social ou deficiência. As especificidades devem ser consideradas em todos os eixos de atuação. Sobretudo, na educação que está sob responsabilidade dos municípios. 

“É fundamental o desenvolvimento de propostas curriculares conectadas com as diferentes realidades dos estudantes e dos territórios onde vivem”, diz o texto sobre o acesso à educação. 

A carta ainda reforça que o atendimento a crianças e adolescentes deve ter caráter transversal. Ou seja, deve incluir serviços e órgãos das diferentes políticas públicas, como Conselho Tutelar, Conselho de Direitos da Criança e Adolescente, rede socioassistencial, entre outros atores do Sistema de Garantia de Direitos. 

A articulação de uma rede integrada é a melhor saída para assegurar a proteção integral de todas as famílias. Apesar disso, ela ainda é incipiente em grande parte dos municípios brasileiros.

Uma cidade para crianças: inclusiva, verde, brincante e livre de publicidade infantil.