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Ashoka e Alana: Escolas Transformadoras no Brasil

No último dia 16 de setembro aconteceu em São Paulo o lançamento da iniciativa Escolas Transformadoras. O programa da Ashoka, que já ocorre em diversas partes do mundo, chega ao Brasil correalizado pelo Instituto Alana e busca apoiar e conectar escolas de todo o país que estão criando novos caminhos rumo a uma educação verdadeiramente transformadora.

O evento de lançamento contou com a participação das 10 primeiras escolas da rede, que foram reconhecidas como ‘transformadoras’ por trabalharem, em suas práticas pedagógicas, habilidades como empatia, criatividade, trabalho em equipe e protagonismo social. Representantes de cada escola compartilharam com os presentes experiências de seu dia a dia, e contaram como trabalham para encontrar em cada problema uma oportunidade de mudança. Para conhecer as 10 primeiras Escolas Transformadoras do Brasil e suas práticas, clique aqui.

Apesar de suas diferentes realidades (há escolas públicas, privadas, comunitárias e de diversas regiões brasileiras, como Minas Gerais, Ceará e Rio Grande do Sul), todas têm um ponto em comum: elas se preocupam em formar sujeitos ativos, capazes de atuar no mundo de maneira criativa e sensível e oferecem aos seus educandos uma formação que valoriza o desenvolvimento de habilidades e competências transformadoras.

Além do bate-papo com as escolas, o lançamento contou com a presença da empreendedora social Kiran Bir Sethi, fundadora da Escola Riverside, na India, e da metodologia Design For Change, que parte do princípio que toda criança tem potencial para transformar o mundo e trabalha, de maneira muito forte, a ideia do protagonismo social. No Brasil, o Design for Change é realizado pelo Alana, com o Projeto Criativos da Escola. Em sua fala, Kiran defendeu a necessidade de dar, a toda criança, a oportunidade de construir uma narrativa para a própria vida e ser capaz de se reconhecer no mundo: “toda criança pode transformar o mundo, precisamos ouvi-las ao invés de dizer, a todo o momento, o que elas devem fazer”.

AnaMaria Schindler, co-presidente da Ashoka e Ana Lucia Villela, presidente do Instituto Alana, afirmaram a alegria em realizar o Escolas Transformadoras como uma iniciativa conjunta e reconheceram que os valores das organizações se cruzam: “a Ashoka acredita que todos podem ser agentes de transformação, e o Alana que toda a criança deve acessar sua potencia máxima;  as escolas transformadoras parecem o melhor lugar para que isso aconteça”, disse Ana Lucia.

A iniciativa está apenas começando no Brasil. Se você conhece ou faz parte de uma Escola que está construindo um novo paradigma para a Educação, fale com a gente!

Veja as fotos do evento de lançamento:

Foto capa: Rodolfo Goud

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I Encontro Nacional Cultura e Primeira Infância em Brasília

Nos dias 03 e 04 de setembro de 2015 o Museu da República, em Brasília (DF), recebeu o I Encontro Nacional Cultura e Primeira Infância, organizado pelo Grupo de Trabalho de Cultura da Rede Nacional pela Primeira Infância (RNPI), em parceria com os Ministérios da Cultura e da Educação. Ao longo dos dois dias, representantes do poder público, da sociedade civil e pesquisadores de universidades organizaram-se para debater iniciativas pioneiras, nacionais e internacionais, que visam colaborar com a construção de políticas culturais para a primeira infância no Brasil.

O evento contou com abertura de Claudius Ceccon (RNPI), Clarice Cardell (GT Cultura RNPI e La Casa Incierta) e Juana Nunes Pereira (MinC), que reiterou o interesse do Ministério da Cultura em aproximar seus debates ao campo da Educação. “Cultura e Educação andam de mãos dadas, só com a integração dos dois campos poderemos garantir aos brasileiros o pleno exercício da condição humana”, disse Pereira. O encontro marcou a entrada no Ministério da Cultura para a RNPI e representou um importante espaço para aqueles que, assim como o Instituto Alana, buscam honrar a infância, defendendo ambientes em que crianças possam crescer e se desenvolver de forma plena e saudável.

O Alana esteve presente no encontro para compartilhar suas experiências e acompanhar as discussões sobre a inserção da cultura no contexto da educação infantil. Ao longo dos dois dias, especialistas pensaram o lugar da Cultura e das artes nas instituições de educação infantil e ficou clara a necessidade de olhar para a formação dos profissionais que estão atuando junto às crianças. A urgência em garantir um entorno sensível e acolhedor aos gestos e linguagens das crianças também permeou as discussões e reflexões do encontro.

Renata Meirelles, coordenadora do Projeto Território do Brincar, correalizado pelo Alana, participou da mesa ‘Relato de Experiências’, em que foram debatidas as boas práticas que englobam educação e cultura da infância no Brasil. Desde 1996, Renata pesquisa infâncias das mais diversas regiões brasileiras em um intenso intercâmbio de brinquedos e brincadeiras. Para a pesquisadora, o debate sobre a aproximação entre educação e cultura deve partir de um olhar cuidadoso à criança, “o adulto precisa reconhecer as potencialidades da criança e considera-la como protagonista da discussão sobre a integração cultura-educação”, disse. A mesa teve mediação de Ana Claudia Arruda Leite, coordenadora de Educação e Cultura da Infância do Instituto Alana, e integrante do grupo de trabalho responsável pela organização do encontro.

Fotos-Carlos-Laredo

O artista plástico Gandhy Piorsky, pesquisador das práticas da criança e conselheiro do Território do Brincar, também participou da programação e foi assertivo, “precisamos  fortalecer  o lugar do imaginário na educação e isso implica em olharmos também para a formação de professores para que haja uma real  integração entre os campos da educação e cultura”. Deste encontro nasceu um primeiro documento, que organiza as discussões prioritárias e que visa abrir caminhos políticos para o diálogo com diferentes instâncias, como os próprios MinC e MEC.

A companhia de teatro La Casa Incierta encerrou o evento com apresentações para bebês e crianças e deixou, mais viva do que nunca, a certeza de que pensar a Cultura e as artes nas instituições de educação infantil é urgente e deve ser visto como prioridade no âmbito das políticas públicas.

Fotos:  Carlos Laredo

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Alana no Centro de Referências em Educação Integral

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Filmes, trocas e atividades culturais na Virada Sustentável

VIDEOCAMP, Feira de Trocas de Brinquedos e Espaço Alana participaram do evento em São Paulo que contou com a parceria do Instituto Alana.

Exibição de filmes inspiradores, trocas de brinquedos, bate-papo e atividades culturais foram algumas das atividades do Instituto Alana na 5ª Virada Sustentável em São Paulo. Cada iniciativa colocou em pauta diferentes temas que compõe a perspectiva da Virada: educar para a sustentabilidade a partir de uma abordagem lúdica e positiva, inspirando as pessoas a enxergarem no tema um valor universal.

A Virada Sustentável reuniu centenas de atrações, atividades e conteúdos ligados aos temas da sustentabilidade (biodiversidade, resíduos, água, cidadania, mobilidade urbana, mudanças climáticas, direitos humanos etc.), realizadas simultaneamente em parques e espaços públicos, equipamentos culturais, universidades e escolas.

O VIDEOCAMP, plataforma global e gratuita que assume o cinema como uma poderosa ferramenta para a transformação social, esteve presente no Centro Cultural São Paulo exibindo o filme ‘Bikes vs Carros’ e no CEU Parque Bistrol, com os filmes ‘Território do Brincar’, ’Quem? Entre muros e pontes’, ‘Outro Olhar’, ‘Muito Além do Peso’, ‘Tarja Branca e ‘Criança, a Alma do Negócio’.

Na Praça Victor Civita, a Feira de Trocas de Brinquedos levou para lá pais, crianças e familiares para dar novos sentidos às bonecas, carrinhos, entre outros. A Feira, a Praça e a Virada, têm muito em comum: renovam o significado de objetos, de espaços, e de uma nova maneira de encarar o mundo. As trocas aconteceram na praça, uma área com o solo contaminado que foi transformada em um belo espaço de convivência. Além da Troca, educadores voluntários da Recreart fizeram a alegria da criançada com atividades coletivas, como pega-pega, esconde-esconde, brincadeira de roda, corrida de saco, entre outras. O CEU Formosa também fez parte dessa história e organizou sua própria Feira de Trocas, resultado de uma parceria entre o Instituto Alana e a Secretaria de Educação de São Paulo.

O Espaço Alana, no Jardim Pantanal, entrou no circuito e recebeu a “Virada Sustentável na Kebrada”, pontos do evento na Zona Leste. Lá foi exibido o documentário ‘Território do Brincar’, que mostra a geografia de gestos de crianças das mais diversas realidades brasileiras; líderes comunitários participaram de um bate-papo, além de oficinas de grafite, de breakdance e discotecagem.

E que venha a próxima edição!

Foto: Reprodução/ Facebook Alana

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Território lança material sobre o brincar nas escolas

Uma linda celebração tomou conta do espaço Itaú Cultural no último 5 de agosto. Mais de 500 pessoas, entre educadores, formadores, representantes do poder público, artistas e organizações da sociedade civil, se reuniram para prestigiar o lançamento do material “Território do Brincar: diálogo com as escolas”. A iniciativa é um desdobramento do Projeto Território do Brincar, um trabalho de pesquisa, documentação e sensibilização sobre a cultura da infância, coordenado pela educadora Renata Meirelles e pelo documentarista David Reeks, e correalizado pelo Instituto Alana.

Antes de partirem para uma viagem de 2 anos, em que entrariam em contato com diferentes infâncias brasileiras, Renata e David convidaram diversas escolas brasileiras a embarcarem junto com eles. A ideia era construir um diálogo sobre a infância a partir do que seria encontrado em campo. Seis escolas toparam o desafio; foram elas: CEI Alana, Escola Vera Cruz, Colégio Sidarta, Escola Casa Amarela, Escola Viverde e Colégio Oswald de Andrade.

Durante os dois anos de estrada, Renata e David realizaram encontros mensais com os educadores dessas escolas, a fim de relatar e refletir sobre o que as crianças das comunidades por quais passavam tinham a nos dizer e como essas manifestações poderiam ecoar na realidade escolar. Deste processo nasceu o material “Território do Brincar: diálogo com escolas”. Composta por um livro e dois DVDs, a produção busca despertar um olhar atento e sensível para a infância e sua linguagem mais potente: o brincar.

Durante o evento de lançamento, os presentes puderam assistir ao documentário que relata a parceria do projeto com essas seis escolas e também tiveram a oportunidade de conversar e tirar dúvidas com os representantes de cada escola.

Para assistir o evento de lançamento clique aqui.  Para fazer download gratuito do livro “Território do Brincar: diálogo com escolas” clique aqui.

Veja fotos do lançamento:

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Território do Brincar mostra nova perspectiva da infância

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A percepção das crianças sobre a cidade de São Paulo

Em julho foi lançada a pesquisa Irbem Criança e Adolescente, realizada pela Rede Nossa São Paulo, com parceria do Ibope Inteligência e apoio do Instituto Alana (Prioridade Absoluta) e do Instituto C&A. Os dados mostram a percepção que pessoas entre 10 e 17 anos tem da cidade de São Paulo. Entre os resultados que preocupam, como da segurança (atributo que obteve menor índice de satisfação 5,1) e do consumo (59% das crianças ficam insatisfeitas quando não compram ou ganham um produto anunciado) foi possível perceber que ‘existe amor em SP’. Ao cruzar os dados ficou evidente que as crianças e adolescentes que brincam coletivamente, na rua, na praça, em parques têm uma relação melhor com seus vizinhos, com o bairro e uma satisfação maior em relação à cidade.

As crianças e adolescentes que fora do horário escolar realizam apenas tarefas ou brincadeiras individuais, como ajudar nos serviços domésticos, assistir TV, dormir durante o dia, ficar no computador, etc., tendem a ser menos satisfeitos com a qualidade de vida na cidade de São Paulo. Este grupo, formado principalmente por meninas (72%) e adolescentes entre 15 e 17 anos (59%), se diz “pouco satisfeito” em relação à cidade e considera o bairro “apenas um lugar para se morar”.

Já aqueles que empinam pipa, jogam bola, andam de bicicleta, ficam na rua, fazem passeios culturais, etc., se sentem parte de uma comunidade em relação ao bairro que moram (58%). Na avaliação da satisfação geral da qualidade de vida em São Paulo a média da nota (de 1 a 10) do grupo foi de 7,4, enquanto que no grupo de atividades individuais o número caiu para 6,6.

Entre as crianças, de 10 a 11 anos, 30% realizam atividades coletivas perante 10% que praticam individualmente. Das crianças que participaram da entrevista, 55% afirmam que brincar é a principal ocupação quando não está na escola, seguido de assistir TV (22%) e jogar bola (21%). As atividades praticadas nos parques, na rua ou em qualquer lugar fora de casa aparecem na pesquisa como variáveis importantes na relação das crianças e adolescentes com a cidade e no relacionamento com as outras pessoas. Vivenciar a rua no momento de lazer e tempo livre ajuda a construir uma percepção mais humana do bairro, da cidade e de seus moradores.

Foto: Via Flickr Brian Talbot

 

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Alana no Centro de Referências em Educação Integral

O Instituto Alana passou a integrar o Centro de Referências em Educação Integral, uma iniciativa da Associação Cidade Escola Aprendiz que, em parceria com outras organizações da sociedade civil, busca pesquisar e sistematizar caminhos possíveis para fortalecer a educação integral como agenda prioritária no país.

Com apoio do Ministério da Educação, da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e da Organização das Nações Unidas para a Educação e Cultura (Unesco), a proposta é contribuir para a formulação, implementação e aprimoramento de políticas públicas de educação integral a partir de ações de mobilização, formação e articulação de agentes estratégicos para o tema.

A iniciativa tem como pressuposto a ideia de que para educar uma criança de forma plena, é necessário olhar para seu desenvolvimento integral – cognitivo, emocional, corporal, cultural e social – e ampliar suas possibilidades formativas através dos diversos atores, espaços e tempos disponíveis no território. A Educação Integral defende que todos – escola, família, comunidade, organizações sociais e culturais, e a própria cidade – são educadores e aprendizes de um mesmo processo colaborativo de aprendizagem e que a própria vida é, por si, uma grande, permanente e fluída escola.

Nesta nova parceria que se inicia o Alana, juntamente com outras organizações não governamentais, contribuirá para a discussão e avanço da temática no Brasil. Para Ana Claudia Leite, coordenadora de Educação e Cultura da Infância do Instituto Alana, o Centro de Referências é uma oportunidade para potencializarmos as transformações da educação brasileira. “A iniciativa reúne várias pessoas e instituições em prol de uma concepção de educação mais ampla, que reconhece a importância da educação dialogar com o território e com as reais necessidades das crianças”, ressalta.

Além do Alana, passaram a integrar a iniciativa o Instituto Rodrigo Mendes e o Instituto C&A. Para saber mais sobre o Centro de Referências em Educação Integral, clique aqui.

Foto: Ajith Kumar via Flickr

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25 anos do ECA: dia de brincar e comemorar 

No último domingo (5 de julho) crianças, adolescentes e adultos festejaram os 25 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) durante um dia cheio de brincadeiras no Largo da Batata, em São Paulo. A mobilização que ganhou o nome de “Juntos pelo Brincar” começou há alguns meses, quando diversas organizações da sociedade civil, que defendem os direitos das crianças e trabalham para promovê-los, se uniram em torno da ideia de celebrar o ECA de uma maneira lúdica.

Foram inúmeras reuniões, conversas e articulações para garantir um dia memorável com diferentes atrações para as crianças. E, mesmo sendo o dia mais frio do ano, a temperatura não espantou pessoas dispostas a ocupar o espaço público por meio do brincar. Corda, bambolê, bicicleta, pintura, giz, jogos de tabuleiros, trepa-trepa, troca de brinquedos e muitas outras atividades estavam espalhadas pelo Largo da Batata. E não foram só os pequenos que brincaram: os adultos também se divertiram com a corrida de saco, as bolinhas de sabão, a ioga, a contação de histórias e muitas outras atividades, além de serem embalados pelas músicas da Banda Alana e pelo show Brasileirinhos. Quem passou o dia inteiro por lá renovou as energias com os food bikes distribuídos pelo espaço.

A mobilização contou com o apoio da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de São Paulo e da Subprefeitura de Pinheiros. E foi construída coletivamente com base em três eixos importantes garantidos pelo ECA: o direito ao brincar, fundamental no desenvolvimento da criança e do adolescente; o direito à convivência familiar e comunitária como forma de inserção no meio social para que eles interajam com o mundo de maneira saudável e segura; e o direito ao espaço público para encorajar as crianças e adolescentes a se reconhecerem como cidadãos e sujeitos de direitos.

O dia foi além da diversão, a frase “Brincar é solução, redução não” no fundo do palco lembrou o momento crítico que vivemos de ameaça às conquistas do ECA. Um boneco gigante também percorreu a praça com outra mensagem importante: “Diga não ao trabalho infantil”. E uma peça de palhaços explicou para a criançada a importância do Estatuto, que virou Lei no dia 13 de julho de 1990 e foi inspirado nas diretrizes fornecidas pela Constituição Federal de 1988.

Terminada esta mobilização fica a sensação de que realizamos uma festa colorida, divertida e alto astral para comemorar os 25 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente. E que venham outros aniversários, conquistas e cada vez mais pessoas, atores e organizações empenhados em proteger e fazer valer os direitos das crianças e dos adolescentes.

Assista ao vídeo produzido pela Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania:

Veja fotos da comemoração:

Foto capa: Laura Leal

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Alana na Undime: trocas, conversas e muito trabalho

Foi uma semana intensa de trocas, experiências e inúmeras conversas na Bahia. O Instituto Alana levou seus projetos, entre os dias 16 e 19 de junho de 2015, para o 15ª Fórum Nacional da Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação). No estande montado na Costa do Sauípe (BA), prateleiras recheadas com materiais explicando um pouco do trabalho do Alana, sobretudo na área de educação. No evento, mais de duas mil pessoas que representavam cerca de 1.100 municípios, entre eles, secretários de educação e gestores municipais.Undime1

Na abertura do Fórum, o Ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, e a Ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campelo, falaram sobre a necessidade dos ministérios trabalharem de forma integrada e que isso se reflita no município. Alguns resultados já podem ser vistos e sentidos: 43 milhões de crianças são alimentadas diariamente por meio da merenda escolar, o que ajudou o Brasil a sair do mapa da fome. “A colaboração intensa entre os ministérios e a rede de educação municipal é a principal responsável por capilarizar isso por todo o país”, disse Janine Ribeiro.

Tereza Campelo salientou que a parceria com os municípios é o que viabiliza a realização dessa e de outras políticas sociais como o Bolsa Família, que atrela o benefício à educação. Na avaliação da Ministra, o Brasil vem avançando na agenda social, mas ainda há muito a fazer. “Queremos toda criança na escola. Garantir isso é um esforço para o próximo período”, ressaltou a ministra.

Durante a semana, entre os secretários e gestores que passaram pelo estande do Alana, muitas conversas e boas parcerias. Entre eles, levas de apaixonados pelo Território do Brincar, muita gente profundamente inspirada pelo Outro Olhar e dezenas de secretários empolgados com a possibilidade de reconhecer os professores de suas redes que estão incentivando seus alunos a levarem adiante projetos de transformação, para inscrevê-los no Desafio Criativos da Escola.

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Como forma de inspirar mais gente a se unir ao movimento, a equipe do Alana conduziu, no dia 18, uma oficina de Design Thinking aplicado à Educação: uma oportunidade para aprofundar a abordagem que norteia o Criativos e refletir sobre os desafios que cada município enfrenta.

Muitas conversas só começaram. O Alana espera agora levar essas trocas adiante, com a certeza de que há muito a ser feito.

Informações obtidas no site da Undime.

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Rodrigo Libanio e uma manhã de brincadeiras no Alana

Na última quarta, 24 de junho, o Instituto Alana recebeu em sua sede o educador e brincante mineiro Rodrigo Libanio Christo, que há mais de 40 anos se aventura no universo dos brinquedos e brincadeiras, explorando toda a sua magia e possibilidades.

Acompanhado de sua esposa, Michela Van Doornik, Libanio transportou a equipe Alana para o universo da infância. Brincadeiras de roda, cantigas, construção de brinquedos e um mergulho no mundo dos barbantes levaram todos ao encontro com sua própria criança. Para Rodrigo, esse é o grande presente da brincadeira: “A criança é inteira sentido e, conforme vamos crescendo, vestimos máscaras, que vão formando a nossa persona. Brincar é resgatar o que de mais profundo vive em nós”.

O educador acredita que todos aqueles que lidam com crianças deveriam, pelo menos uma vez ao mês, se entregar à brincadeira como forma de autoconhecimento: “Para educadores, é indispensável um tempo para trabalhar consigo mesmo, pois o desenvolvimento pessoal do adulto é fundamental para o contato com o universo lúdico da criança”.

Vivências como a que Rodrigo trouxe ao Instituto Alana buscam proporcionar exercícios de alegria, integração, conhecimento e relaxamento e, além disso, também despertam uma sensibilidade profunda, que nos leva a refletir sobre os caminhos que devemos seguir para cuidar de nossas crianças. Para a equipe Alana, que trabalha diariamente na busca por honrar a criança e defender seus direitos, vivências como essa são revigorantes.

Ao final da manhã, recuperamos a sensação gostosa daquele cansaço que toma conta do corpo após tantas brincadeiras e alegria. Um cansaço comum à infância, e que se torna tão raro na vida adulta.

Para fechar a vivência, recebemos a visita do escritor Frei Betto, irmão de Rodrigo e Conselheiro do Instituto Alana.

Para conhecer o trabalho de Rodrigo e Michela, acesse o canal da dupla no Youtube. Juntos, eles também dirigem a Oficina Voluntários Brincantes de jogos e brinquedos.

Veja fotos da vivência no Alana:

 

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TV não pode ser o único alimento pedagógico da criança

As crianças brasileiras têm ocupando cada vez mais o tempo fora da escola na frente da televisão. Em 2004 o tempo médio por dia de exposição à TV foi de 4h43, ao longo dos anos esse número aumentou e em 2014 chegou a 5h35. Os dados foram obtidos a partir do Painel Nacional de Televisão, do Ibope Media, que registrou a evolução do tempo dedicado à TV (canais abertos e fechados, não inclui os programas assistidos sob demanda) por crianças e adolescentes entre 4 e 17 anos de todas as classes sociais em 15 regiões metropolitanas do Brasil..

Os dados revelam uma situação critica na maneira como as crianças estão se “alimentando pedagogicamente”, alerta a psicoterapeuta infantil e conselheira do Projeto Criança e Consumo, Ana Olmos. “A criança fica passiva em frente à televisão, como se dispusesse do desejo de sujeito, fica como objeto em relação à televisão, pois se trata de uma mídia sem interatividade”, aponta. “Há outros alimentos pedagógicos que as crianças precisam ingerir na sua fase de desenvolvimento, como atividades físicas e brincadeiras”, completa.

Além disso, a “televisão com seus conteúdos multifacetados afasta a possibilidade da criança ficar sozinha consigo mesmo, um aprendizado fundamental para a vida toda”, esclarece a psicoterapeuta infantil. “São esses contatos diários com a realidade, nas brincadeiras, nos estudos e nas atividades físicas, por exemplo, que vão auxiliar o desenvolvimento da criança, principalmente nas funções cognitivas, como a concentração, por isso é muito importante diminuir o tempo da criança na frente da TV”, explica.

Outra questão preocupante é que quanto mais tempo na frente da televisão, maior a quantidade de publicidade que a criança entra em contato. A publicidade dirigida ao público infantil contribui para o agravamento de questões como obesidade infantil, erotização precoce e consumo de álcool e tabaco, estresse familiar, violência e diminuição do brincar. Considerando também que a criança brasileira é a que passa mais tempo na internet (Softwares Symantec, 2010), sobra pouco tempo para brincar, estudar e assim se desenvolver plenamente.

Foto: Via Flickr Tory