O Alana comemora a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) do dia 20 de fevereiro que, por maioria de votos, concedeu um habeas corpus coletivo para mulheres presas preventivamente (que ainda aguardam o julgamento) que sejam gestantes ou mães de crianças de até 12 anos ou de pessoas com deficiência cumpram prisão domiciliar.
O programa do Alana, Prioridade Absoluta, que participou como amicus curiae[pessoa ou entidade que contribui com seus conhecimentos para auxiliar decisões judiciais] junto a diversas outras organizações, apontou que as violações aos direitos das crianças que nascem no cárcere, começando antes mesmo do nascimento e se estendendo por todo o seu processo de desenvolvimento e contato com a sociedade.
O STF, por meio de sua decisão, reconheceu o argumento de que violações aos direitos da mulher gestante, parturiente e mãe violam também os direitos das crianças, e conforme defendido em sustentação oral pelo coordenador do Prioridade Absoluta, Pedro Hartung, “os filhos dos outros e os filhos de ninguém também são nossa responsabilidade constitucional e moral”.
A obra e vida do “poeta das coisas simples” se transformou em enredo de carnaval durante um desfile pelas ruas da comunidade.
Já pensou em misturar o mundo dos livros com a festa mais popular e colorida do Brasil? Desde 2013, a Biblioteca Espaço Alana, no Jardim Pantanal, zona leste de São Paulo, organiza no Carnaval o “Carna-Autores”, uma iniciativa que envolve os moradores da região em torno da vida e obra de figuras clássicas da literatura brasileira. Na edição deste ano, o homenageado foi o poeta Mario Quintana com o enredo “O Poeta que Amei desde Guri. Quintana simples, gauchesco e pantaneiro”.
O evento, que aconteceu dia 7 de fevereiro, contou com a participação de 500 pessoas que se divertiram em um desfile pelas ruas da região com o bloco chamado “O Pantanal Chegou”. Criado em 2016, com apoio da comunidade e comandado pela bateria da Banda Alana, o bloco carnavalesco têm sido o cordão pelo qual a biblioteca e os moradores, possibilitam as homenagens feitas pelo “Carna-Autores”, aos mestres literários.
A escolha do autor é baseada no levantamento dos livros mais procurados pelos leitores que frequentam a Biblioteca Espaço Alana. Mário foi um poeta, escritor e jornalista que participou da segunda geração do movimento moderno da poesia brasileira. O autor dedicou parte de sua vida a escrever poemas, por sentir necessidade de demonstrar as sutilezas presentes no cotidiano que não podiam ser ditas em conversas convencionais. Dessa forma ficou conhecido como o “Poeta das coisas simples”.
“[…] Eu impressionava uma nuvem perdida lá no azul, uma mancha estranha no muro… mas como é que eu ia falar isso numa conversa? Iam dizer, ‘Esse menino é maluco’, então eu fazia poema daquelas coisas”.
Através de oficinas criativas, o evento potencializa todo ano o envolvimento da comunidade em projetos culturais que estimulam a visão artística e educativa na preparação do bloco, com rodas de leituras e criação de figurinos. Além disso, o trabalho torna-se multiplicador por levar aos moradores o reconhecimento e a exploração de seu território. Em suas edições anteriores, o projeto carna-autores homenageou o autor Monteiro Lobato e a poetisa e contista Cora Coralina.
O Alana e outras 26 organizações foram selecionados para representar a sociedade civil na Comissão Municipal dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da cidade de São Paulo no biênio 2017-2019. Criada pelo Decreto Nº 57.718, de 5 de junho de 2017, a Comissão tem o propósito de internalizar, difundir e dar transparência ao processo de implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas.
Os ODS são compostos por 17 objetivos e 169 metas a serem atingidos até 2030 e foi elaborada durante a Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, em setembro de 2015. A agenda mundial prevê ações em quadro dimensões: social, relacionada às necessidades humanas, de saúde, educação, melhoria da qualidade de vida e justiça; ambiental, que trata da preservação e conservação do meio ambiente; econômica, que aborda o uso e o esgotamento dos recursos naturais; e a institucional, que diz respeito às capacidades de colocar em prática os ODS.
O Alana, que representará o Centro Expandido de São Paulo, comemora a participação na Comissão por entender que a Agenda 2030 é relevante para a construção de uma sociedade mais justa para todos. A iniciativa é fundamental para que os objetivos e metas sejam enraizados nas ações e condutas gerais, garantindo assim, o cumprimento efetivo e significativo da Agenda no país.
O projeto levará formações presenciais e online para professores e coordenadores pedagógicos de escolas públicas de diferentes regiões do país.
Com base na Educação para a Sustentabilidade nasce o EcoAtivos, o projeto procura ampliar a consciência e o conhecimento da comunidade escolar sobre hábitos e atitudes sustentáveis. Inscrito peloAlana, por meio do programa Criança e Consumo, no edital do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – PNUMA, ligado ao Programa de Estilos de Vida e Educação Sustentáveis, o projeto foi aprovado em 2016.
Com formações presenciais e online, os professores serão incentivados a estimularem seus alunos na realização de atividades que relacionem a realidade local com o consumo sustentável, o meio ambiente e as mudanças climáticas. Participarão do projeto 500 escolas do Ensino fundamental I, em sete cidades brasileiras: Belém (PA), Brasília (DF), Canoas (RS), Novo Hamburgo (RS), Porto Alegre (RS), Salvador (BA) e São Paulo/SP– atingindo mais de 2,5 mil professores, entre 2017 e 2018, em parceria com as Secretarias Municipais e Estaduais de Educação.
Segundo a coordenadora do EcoAtivos, Mônica Borba, “o EcoAtivos busca modificar estilos de vida atuais e futuros, incentivando crianças a se tornarem agentes de transformação. As formações pretendem impactar os professores, apoiando-os com ferramentas e oportunidades de disseminação de boas práticas”.
O Criança e Natureza embarcou no dia 16 de setembro para uma Missão Técnica em Freiburg, na Alemanha. Com uma delegação de 17 brasileiros comprometidos com os temas, criança, natureza e cidades, o programa do Alana foi descobrir o que faz de Freiburg uma cidade amigável às crianças. Durante uma semana, o grupo visitou iniciativas e conheceu alguns dos atores que trabalham para criar espaços que respeitem a infância e valorizam o contato com a natureza.
Entre as experiências locais, está o bairro de Vauban, um modelo de distrito residencial sustentável, planejado para ter baixo consumo de energia, pouca circulação de carro e ruas em que crianças, bicicletas e pedestres possam conviver em harmonia. No bairro há algumas áreas verdes chamadas de grünspange, são espaços de convívio ao ar livre com recursos naturais e alguns parquinhos que permitem a criança brincar livremente em contato com a natureza. A segurança por lá é garantida pelo “aspecto vivo” do bairro, como a iluminação, a circulação dos pedestres e o comércio, substituindo assim, o sistema de monitoramento e vigilância comum nos centros urbanos.
Outro lugar que acredita na importância do brincar livre em contato com a natureza é o sítio de aventura das crianças (Kinderabenteuerhof, site em alemão), que fica no bairro de Vauban. O espaço permite que as crianças tenham experiências de atividades rurais. Para o diretor do sítio, Joachim Stockmaier, os riscos em um ambiente natural são importantes para o desenvolvimento da criança, “aqueles que não experimentam riscos na infância terão uma dificuldade enorme de encarar riscos reais mais tarde”.
Próximo ao sítio há um projeto de integração intercultural por meio da horticultura, o Zusammen Gärtern (site em alemão). A horta coletiva foi idealizada pelo proprietário do terreno que cedeu o espaço para que qualquer pessoa pudesse contribuir e desfrutar dos alimentos plantados. As crianças ali são os grandes elos que conectam as famílias que frequentam o espaço.
O caso de Vauban mostra que é possível trazer mais natureza para as cidades com um planejamento básico e iniciativas de baixo custo, aliados a participação dos moradores, em conjunto com o poder público. Para saber mais das experiências de Freiburg, que procuram contribuir para espaços públicos acolhedores para as crianças, acesse aqui o diário produzido durante a Missão Técnica.
‘Believe.Earth’: histórias inspiradoras para acreditar no futuro
Lançado durante o Rock in Rio 2017, movimento global quer construir um futuro melhor, inspirando pessoas a mudarem o mundo com suas ações
O Believe.Earth nasce da necessidade de resgatar a crença das pessoas em um futuro melhor. Lançado no Rock in Rio 2017, o movimento global quer mostrar que é possível transformar o mundo de maneira simples, dando destaque para histórias que vêm inspirando milhões de pessoas a colocarem a mão na massa.
“Sonhos só se tornam realidade com perseverança, foco e dedicação. E eles ficam mais fortes quando sonhamos juntos ”, afirmou a modelo e ativista de causas socioambientais, Gisele Bündchen, durante a abertura do festival.
“Sonhos só se tornam realidade com perseverança.”
A primeira iniciativa do Believe.Earth é um portal que reúne ações transformadoras e projetos inovadores pelo mundo. Desse modo, em tempos de desesperança e destaque a tragédias diárias, o site passa a ser um espaço para compartilhar boas notícias. São narrativas de diferentes localidades, que constroem caminhos mais prósperos e sustentáveis para a sociedade.
Todas as soluções compartilhadas para problemas sobre comida, energia, mulheres e cidades, por exemplo, são pautadas e contribuem para a Agenda 2030 das Nações Unidas, que reúne 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) a serem alcançados.
“Precisamos que as pessoas acreditem que cada atitude conta e que este somatório fará toda a diferença. O Planeta tem urgência. Não dá para esperar mais. Sonhar é possível e a esperança transforma vidas hoje, agora”, conta Marcos Nisti, um dos idealizadores do movimento e CEO do Instituto Alana.
“O Planeta tem urgência”
Acreditar no futuro
Socióloga e ex vereadora do Rio de Janeiro, Mariele Franco foi assassinada em 2018. Suas principais bandeiras eram o combate ao racismo e à violência policial praticada contra moradores de comunidades cariocas. (Reprodução/Facebook)
Líder do povo Ashaninka, Benki Piyãko promove desenvolvimento sustentável na Amazônia utilizando os saberes tradicionais dos povos da floresta. (Carolina Comandulli / Divulgação)
Em Olinda (PE), Mãe Beth de Oxum transforma o terreiro em polo de educação a jovens da cidade, na luta por uma sociedade mais plural. (Rafael Martins/Believe.Earth)
Com apenas oito anos, Emanuel Burger acredita que é possível trilhar um caminho mais ecológico. Ele faz o que pode para evitar o uso de plásticos no dia a dia. (Diego da Silveira/ Planta for the Planet/ Believe.Earth)
Além da presença virtual, o Believe.Earth fará parte também do dia a dia, motivando cada vez mais pessoas a se juntarem ao movimento e se tornarem believers, transformando suas próprias histórias em inspiração.
Quais os percursos construídos pelas escolas para formar pessoas transformadoras e transformar a sociedade? A partir dessa narrativa construída por alunos, familiares e educadores, surge a edição do livro “O ser e o agir transformador – para mudar a conversa sobre educação”, do programa Escolas Transformadoras, correalizado pela Ashoka e pelo Alana, com o patrocínio do Instituto Jama.
A publicação apresenta práticas das 15 primeiras escolas reconhecidas pelo programa –, atualmente 18 fazem parte desta rede. Com relatos de experiências, histórias e entrevistas, o livro anuncia a possibilidade de construir novos horizontes por meio de esforços e atitudes que resultem na transformação efetiva da realidade pessoal e social.
Com prefácio de Bill Drayton, CEO e fundador da Ashoka, a publicação está dividida em quatro capítulos. O 1º capítulo reúne a conversa inspiradora de quatro mulheres: Anamaria Schindler, diretora Ashoka América Latina; Ana Lucia Vilella, fundadora e presidente do Alana; Natacha Costa, da Associação Escola Cidade Aprendiz; e Ana Elisa Siqueira, da EMEF Amorim Lima. O 2º capítulo dá voz aos estudantes das escolas refletidas e abre espaço para convidados como Flavio Bassi, diretor de empatia e juventude da Ashoka na América Latina, e Mary Gordon, fundadora do Rootys of Empaty. O 3º capítulo apresenta os percursos e as histórias dessas 15 escolas, e o último revela os impactos de uma educação transformadora.
O livro está disponível na íntegra no site do Escolas Transformadoras em três línguas: português, espanhol e inglês.
Resgate cultural, música e diversão: o evento reuniu a comunidade do Jardim Pantanal em um dia movimentado e inspirador!
Para comemorar o Dia Nacional do Bumba Meu Boi, celebrado em 30 de junho, a Biblioteca Espaço Alana organizou no Jardim Pantanal, zona leste de São Paulo, a ‘Festa ao Boi Pantaneiro’, inspirada na obra de Luís da Câmara Cascudo, importante folclorista brasileiro.
A celebração, que aconteceu no dia 28 de junho, contou com um cortejo pelas ruas do bairro com o boneco do Boi Pantaneiro criado pela Biblioteca do Espaço Alana. Rodeado por crianças, jovens e idosos moradores da região, o Boi se encontrou com o Fogueira, boneco de Bumba Meu Boi do Núcleo Sociocultural Humaitá, que também participou do cortejo. O Humaitá é uma rede de coletivos que pesquisam, estudam e desenvolvem ações artísticas e culturais tendo como referência principal as culturas populares e tradicionais brasileiras.
Além da participação da comunidade do Jardim Pantanal, a Festa ao Boi Pantaneiro contou com a presença do Cordão Folclórico de Itaquera Sucatas Ambulantes, que tem como sede o Núcleo Sociocultural Humaitá, e da Banda Alana, que no dia recebeu o nome de ‘Orquestra Pantaneira’.
A Festa, que buscou resgatar a história e as relações culturais e de identidade presentes na tradição do Bumba Meu Boi, chegou até Daliana Cascudo, neta do folclorista que inspirou a realização do evento! Viva o Boi!
A imagem mostra a cabeça de um boneco representando um homem negro e idoso deitado sobre tambores.
Crianças e adultos andam em cortejo pela rua junto a bonecos ambulantes. Ao fundo, casas simples, carros estacionados e fios elétricos.
Festa do Boi Pantaneiro no Jardim Pantanal. Foto: Márcia Duarte
Construir um entendimento sobre a importância do protagonismo infanto-juvenil na educação para que essa seja uma das principais ferramentas de resolução de problemas e intervenção fundamenta a publicação digital ‘Protagonismo – a potência de ação da comunidade escolar’, organizada pelo programa Escolas Transformadoras, correalizado no Brasil pela Ashoka e Alana.
A decisão em refletir sobre este tema nasceu da crença do Escolas Transformadoras de que todos podem ser agentes de transformação social, desde que tenham acesso a uma educação que contemple e priorize competências como a criatividade, o trabalho em equipe, a empatia e o protagonismo.
Fruto da roda de conversa realizada em novembro de 2016, a publicação reúne 10 artigos de lideranças, como Abdalaziz de Moura do Serta de Pernambuco; Alejandro Bruni da Argentina; Santiago Perera da Venezuela; Carolina Pasquali, jornalista e diretora de Comunicação do Alana; Helena Singer, Beatriz Goulart e Adriana Friedmann, especialistas em educação; Regina Cabral, empreendedora social da Ashoka e Carolina Hikari, estudante do IFPR – Campus Jacarezinho.
Semana mundial do Brincar no Espaço Alana. Foto: Márcia Duarte
A iniciativa da Semana aqui no Brasil é da Aliança pela Infância e está vinculada ao Dia Mundial do Brincar, celebrado em 28 de maio.
Entre os dias 21 e 27 de maio, o Espaço Alana celebrou a 8ª Semana Mundial do Brincar com muita música, brincadeiras, contação de histórias, circuito de atividades físicas e oficinas de construção de brinquedos! O tema da edição deste ano foi “O Brincar que Encanta o Tempo”, para propor a reflexão sobre o poder que as crianças têm de encantar os lugares onde o brincar acontece.
Na abertura no Espaço Alana, o público curtiu um show da Banda Alana e, em seguida, se divertiu com pinturas de rosto e brincadeiras tradicionais, como corda, pião, amarelinha etc. No dia 22, no auditório do Espaço Alana, aconteceu o 2º Painel Infância e Ludicidade, que reuniu 150 educadores de São Miguel Paulista e região para atividades relacionadas ao tema “Tempo de Leitura: A Literatura é um Universo de Brincar!”. Durante o painel, o Espaço recebeu Cláudio Oliveira e Felipe Surian para uma contação de história e Adriana Friedmann e Renata Meirelles para uma roda de conversa com educadores. Para encerrar, um sarau com poetas da terceira idade.
Ao longo da semana, aconteceram apresentações para crianças da Cia BuZum de teatro itinerante, com o espetáculo ’13 Gotas’, uma Feira de Trocas de Brinquedos e uma oficina de desenhos realizada pelo coletivo Arte e Cultura na Kebrada. Para encerrar a semana, o pocket show ‘Vila de Fábulas’, com Eduardo Sena e banda, e apresentação musical do Cordão folclórico de Itaquera Sucatas Ambulantes.
Ao longo da Semana cerca de 2 mil pessoas passaram pelo Espaço Alana, entre crianças, adolescentes e educadores da região. Foi uma semana animada e divertida, que venha a próxima edição!
Semana mundial do Brincar no Espaço Alana. Foto: Márcia Duarte
Semana mundial do Brincar no Espaço Alana. Foto: Márcia Duarte
Semana mundial do Brincar no Espaço Alana. Foto: Márcia Duarte
Semana mundial do Brincar no Espaço Alana. Foto: Márcia Duarte
Semana mundial do Brincar no Espaço Alana. Foto: Márcia Duarte
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