| proteção aos direitos de crianças e adolescentes como prioridade absoluta |
6 de março, quarta-feira,
Outro dia li que os anos 90 são a década preferida de quem não a viveu, a geração Z, que hoje tem entre 14 e 29 anos. Minha filha mais velha, de 15, confirmou: “que legal que você viveu os anos 90, mãe!”
E foi uma daquelas coincidências que a gente já nem tem certeza de que são só coincidências mesmo, porque isso aconteceu na semana em que mais pensei sobre os anos 90. (Aliás, quem trabalha no Alana já se acostumou com “coincidências” ou sincronicidades diárias. A gente acredita na ciência e na magia. Temos ajuda de todos os planos. Rs.)
Eu tinha sentado para escrever esta que é a primeira newsletter de 2024. Decidi que queria falar sobre o nosso trabalho organizado em eixos, compartilhar algumas de nossas maiores inspirações e celebrar um fato especial: os 30 anos do Alana.
Olha eu no começo de tudo, no Jardim Pantanal. Meu sorriso tem origem no que chamamos de som mais bonito do mundo: “BARULHO DE CRIANÇA”.
Fui arremessada de volta a 1994, aos primeiros dias de trabalho com a comunidade do Jardim Pantanal, onde o Alana começou, aos sonhos todos que fomos tornando realidade. Me deixei levar pela memória, revivendo as tantas transformações que nos propusemos a fazer para honrar e proteger as infâncias.
O Alana sempre foi esse projeto de um mundo melhor para as crianças, que se nutre de utopias. Nossos sonhos sempre foram imensos e olhar para tudo o que fizemos desde os anos 90, nos faz continuar sonhando grande. Que delícia ver que no dia a dia nos dedicamos a, ao mesmo tempo, influenciar leis, produzir séries e filmes; promover uma educação integral, inclusiva, antirracista e, nesse contexto de educação integral, trabalhar a relação entre as escolas e a resiliência climática nas cidades.
Nós também estimulamos pesquisas científicas em áreas tão diversas quanto biodiversidade e Síndrome de Down, e seguimos no combate à publicidade infantil, na luta por um ambiente digital em que crianças e adolescentes tenham uma experiência online segura e enriquecedora a um custo acessível (o que chamamos de Conectividade Significativa), combatendo as vulnerabilidades impostas pela desigualdade social. Quando a gente junta a magia que a natureza e os nossos sonhos produzem com trabalho duro, o impacto é gigante!
Eu acredito que tudo isso só acontece porque nos cercamos de pessoas dispostas a conversar francamente sobre temas duros. Pessoas que colocam em suas agendas as questões sociais e ambientais e que não se conformam com o estado das coisas.
Pessoas que, como você, acreditam no poder das boas histórias. No quanto elas são capazes de nos conectar, de nos inspirar e de nos mover na direção dos nossos sonhos. Construindo juntos este mundo em que a criança vem primeiro, sempre.
Seguimos juntos,
Ana Lucia Villela
Presidente do Alana
Outro dia li que os anos 90 são a década preferida de quem não a viveu, a geração Z, que hoje tem entre 14 e 29 anos. Minha filha mais velha, de 15, confirmou: “que legal que você viveu os anos 90, mãe!”
E foi uma daquelas coincidências que a gente já nem tem certeza de que são só coincidências mesmo, porque isso aconteceu na semana em que mais pensei sobre os anos 90. (Aliás, quem trabalha no Alana já se acostumou com “coincidências” ou sincronicidades diárias. A gente acredita na ciência e na magia. Temos ajuda de todos os planos. Rs.)
Eu tinha sentado para escrever esta que é a primeira newsletter de 2024. Decidi que queria falar sobre o nosso trabalho organizado em eixos, compartilhar algumas de nossas maiores inspirações e celebrar um fato especial: os 30 anos do Alana.
Olha eu no começo de tudo, no Jardim Pantanal. Meu sorriso tem origem no que chamamos de som mais bonito do mundo: “BARULHO DE CRIANÇA”.
O Alana sempre foi esse projeto de um mundo melhor para as crianças, que se nutre de utopias. Nossos sonhos sempre foram imensos e olhar para tudo o que fizemos desde os anos 90, nos faz continuar sonhando grande. Que delícia ver que no dia a dia nos dedicamos a, ao mesmo tempo, influenciar leis, produzir séries e filmes; promover uma educação integral, inclusiva, antirracista e, nesse contexto de educação integral, trabalhar a relação entre as escolas e a resiliência climática nas cidades.
Nós também estimulamos pesquisas científicas em áreas tão diversas quanto biodiversidade e Síndrome de Down, e seguimos no combate à publicidade infantil, na luta por um ambiente digital em que crianças e adolescentes tenham uma experiência online segura e enriquecedora a um custo acessível (o que chamamos de Conectividade Significativa), combatendo as vulnerabilidades impostas pela desigualdade social. Quando a gente junta a magia que a natureza e os nossos sonhos produzem com trabalho duro, o impacto é gigante!
Eu acredito que tudo isso só acontece porque nos cercamos de pessoas dispostas a conversar francamente sobre temas duros. Pessoas que colocam em suas agendas as questões sociais e ambientais e que não se conformam com o estado das coisas.
Pessoas que, como você, acreditam no poder das boas histórias. No quanto elas são capazes de nos conectar, de nos inspirar e de nos mover na direção dos nossos sonhos. Construindo juntos este mundo em que a criança vem primeiro, sempre.
Seguimos juntos,
Ana Lucia Villela
Presidente do Alana
VAMOS FALAR DE IMPACTO?
Nosso trabalho é estruturado em eixos, que dão contorno às nossas ações e permitem que o resultado seja maior que a soma das partes. A partir da próxima newsletter, você vai acompanhar as notícias e realizações mais importantes de cada um desses eixos. Hoje, deixo aqui um gostinho dos planos para 2024.
DIGITAL | Pelos direitos de crianças e adolescentes; para que cresçam livres de exploração comercial – online e offline
O ano começou a mil no Senado Federal e nossa equipe contribuiu para garantir já no dia 21 de fevereiro que o PL 2628, um Projeto de Lei que trata da proteção de crianças e adolescentes em ambientes digitais, avançasse para mais uma etapa de aprovação sem os artigos que abriam caminho para a volta da publicidade infantil — proibida desde 1990. Uma vitória importante, mas que ainda está no campo das batalhas junto com o tema da regulação das plataformas. EQUIDADE SOCIAL E INCLUSÃO | Crianças e adolescentes como prioridade absoluta: em políticas públicas, decisões judiciais e ações da sociedade civil
Também em fevereiro, no dia 20, lançamos a segunda etapa da Pesquisa sobre a Lei 10.639, realizada em conjunto com o Geledés, Instituto da Mulher Negra. Nela trazemos práticas inspiradoras de seis municípios que promovem o ensino de história e cultura africana e afro-brasileiras. Esse lançamento é mais um passo para promover uma educação integral, inclusiva e antirracista. Outra conquista fundamental foi o lançamento da Fase 2 do Plano de Bairro do Jardim Pantanal. Um instrumento de planejamento urbano que considera os sonhos e o conhecimento que a comunidade tem sobre seu próprio território com o conhecimento técnico necessário para realizar ações de melhoria. Não vejo forma melhor de celebrar nossos 30 anos do que vivendo essa etapa com a comunidade onde tudo começou. NATUREZA | Mais natureza para as crianças, mais crianças na natureza: mais soluções para emergências climáticas
As crianças são as mais impactadas pela crise climática – suas vidas estão comprometidas hoje e no futuro. O projeto ‘O que importa’, é uma coleção de filmes que produzimos com UNICEF e Fundação Bernard Van Leer para levar a voz de crianças do mundo todo para dentro das salas de negociação da última Conferência do Clima das Nações Unidas em Dubai (COP28). Entendemos que, só assim, os líderes ali reunidos poderiam considerar em suas decisões as demandas dos principais afetados. Se ainda não assistiu, convido você a dar esse clique agora. Trabalhar para uma #CopdasCrianças em 2025 no Brasil é um dos grandes objetivos do ano. E, olha, ainda não posso dar muito spoiler, mas logo vamos conversar sobre um grande movimento que vai olhar para as escolas de todo o Brasil como solução de adaptação aos efeitos da crise climática, no presente e no futuro.
E ESSES POSTS, VOCÊ VIU?
Mais do que um lugar para contar boas histórias, nossas redes sociais são espaços onde trocas incríveis com as pessoas acontecem.
LI, VI, OUVI
Sempre me perguntam de livros, filmes e podcasts favoritos. Olha alguns deles aqui.
UM LIVRO | Who’s raising the kids? Big techs, big business and the lives of children
Susan Linn é minha mentora e mal posso descrever a contribuição dela para o trabalho que fizemos nos últimos 30 anos. Seu livro mais recente (Quem está criando as crianças?: big techs, grandes negócios e a vida das crianças) infelizmente ainda não foi traduzido para o português. Mas é possível encontrar publicações anteriores em protuguês, como ‘Crianças do consumo’ e ‘Em defesa do faz de conta’.
Susan Linn é minha mentora e mal posso descrever a contribuição dela para o trabalho que fizemos nos últimos 30 anos. Seu livro mais recente (Quem está criando as crianças?: big techs, grandes negócios e a vida das crianças) infelizmente ainda não foi traduzido para o português. Mas é possível encontrar publicações anteriores em protuguês, como ‘Crianças do consumo’ e ‘Em defesa do faz de conta’.
É impossível escolher um filme favorito da Maria Farinha Filmes, produtora que faz parte do nosso ecossistema. Por isso começo indicando o mais recente, lançado em setembro do ano passado, que fala sobre longevidade e economia do cuidado. Mas não posso deixar de falar de O começo da vida, de Muito Além do Peso, e de nosso primeiro título, infelizmente ainda tão atual: Criança a alma do negócio.
