Xenofobia

Xenofobia é o preconceito e a hostilidade contra pessoas de outras etnias ou originárias de outros estados, países ou regiões. O termo vem do idioma grego: xénos (estrangeiro) e phóbos (medo), sendo xenofobia, portanto, o “medo do diferente”, ou “medo do estrangeiro”. Ela fica mais evidente com o aumento de fluxos migratórios e é manifestada contra diferentes grupos em diversas regiões do planeta.

Atos xenofóbicos podem variar entre estereótipos lançados sobre determinado grupo até comportamentos de violência física, e geralmente estão relacionados a questões históricas, sociais, econômicas e/ou culturais. Costumam partir do etnocentrismo, que é a crença de que a própria cultura é superior à outra.

Em 2020, já havia mais de 57 mil pessoas em situação de refúgio reconhecidas pelo governo brasileiro e quase 29 mil solicitantes. Em relação a imigrantes, o número é substancialmente maior: há cerca de 1,3 milhão de pessoas nessa condição, segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública. E ele vem crescendo: nos últimos 10 anos, o aumento foi de 24,4%, especialmente de pessoas vindas de países como Venezuela, Haiti, Bolívia, Colômbia e Estados Unidos.
Com o aumento de fluxos migratórios, têm-se observado mais casos de xenofobia em todos os ambientes, inclusive na escola. Casos de bullying devido à origem, nacionalidade ou etnia de uma criança são os mais comuns. Alguns projetos têm sido criados por estudantes para atuar nesse sentido, como o Projeto Reconduz, o Projeto Acolhimento e o Sí, yo te entiendo!. Todos eles foram elaborados no âmbito do Criativos na Escola, vertente brasileira do Design for Change, um movimento global surgido na Índia que visa propiciar o protagonismo infantil a partir ações que encorajem as crianças a mudar suas próprias realidades. Ele já existe em 52 países e inspirou mais de 2,2 milhões de crianças e adolescentes ao redor do mundo.