O sistema B compreende uma série de empresas cujos objetivos equilibram propósito e lucro, considerando o impacto de suas decisões sobre seus trabalhadores, clientes, fornecedores, comunidade e meio ambiente. Tudo é planejado para que as expectativas sejam superadas, e as demandas e necessidades da sociedade e do planeta sejam atendidas.
Para isso, entidades do sistema B atuam sob valores como maior propósito, critério exigente, maior impacto e pensamento coletivo. Partem do princípio de que não basta querer ser o melhor do mundo, é necessário ser o melhor para o mundo. Assim, comprometem-se com um plano de desenvolvimento contínuo, que sai da lógica do impacto negativo para uma lógica de geração de impacto positivo. A ideia não é deixar o lucro de lado, mas criar um novo sistema econômico com negócios mais conectados à inclusão e ao bem-estar.
Quem quer participar desse grupo deve seguir alguns critérios, como completar 100% da Avaliação de Impacto B e incluir cláusulas de compromisso social e ambiental no contrato social. Para isso, é necessária uma análise detalhada de como a empresa interage com os funcionários, clientes, comunidade e meio ambiente.
O sistema B é diferente de uma ONG, já que constitui um movimento de empresas com a finalidade de criar um ecossistema. Surgido nos Estados Unidos em 2006, já inclui 844 empresas na América Latina e mais de 200 apenas no Brasil, sendo algumas delas grandes empresas nacionais que optaram por combinar lucro com responsabilidade social.
Participar desse grupo é um benefício não apenas para o planeta e para as comunidades afetadas por elas, mas para as próprias instituições. Isso porque estar no sistema B é um traço de credibilidade, confiança e valor. As pessoas querem consumir, trabalhar e investir em empresas em que acreditam, e que tenham o propósito como centro de seu negócio.