Sentir é uma forma de praticar a escuta atenta e exercitar a empatia. A conexão com os sentimentos é uma maneira de nos conhecermos a nós mesmos e aos outros.
É comum associar o aprendizado à razão e à capacidade humana do raciocínio lógico. As emoções, no entanto, ligadas à esfera do sentir, preparam, predispõem e orientam comportamentos para experiências positivas ou negativas. Elas nos fornecem dados fundamentais para imaginar e engendrar ações a para satisfazer nossos objetivos. Ao contrário do senso comum, todas as ações e pensamentos são coloridos pela emoção.
A emoção está também na sala de aula. Nas dinâmicas com diferentes colegas ou com professores, as expressões faciais e aspectos da comunicação não-verbal não só fazem parte da aprendizagem, como são essenciais nesse processo. Todos nós buscamos ocupações que nos façam bem e evitamos aquelas que nos façam sentir mal. Isso é parte, inclusive, de nosso processo evolutivo e nos possibilita vivenciar experiências de forma subjetiva.
Dessa forma, o sentir se expande do campo das emoções para o campo dos sentidos, em que nos convida a sentir a grama tocando os pés, a brisa que acaricia o rosto, o tronco áspero de uma árvore. Essa experiência nos possibilita entender de forma integral o que é a vida na natureza, a importância de estar em harmonia com plantas e animais, e é o que marca o nosso desenvolvimento saudável.
O sentir também está ligado à descoberta do mundo. Sentir o gosto de uma comida, frio ou calor, alegria ou medo, tudo isso é parte da vida que nos possibilita criar nossa própria identidade e nossas preferências a partir do acerto e do erro. É fundamental desenvolver uma espécie de auto-regulação emocional, desenvolver a razão para que a descoberta não se transforme numa série de atos impulsivos. É preciso conhecer as próprias emoções para melhor conviver com elas.
