Reflorestamento

O reflorestamento é a regeneração natural ou intencional de florestas e matas que foram esgotadas anteriormente, geralmente devido ao desmatamento. A prática pode levar a uma série de benefícios, como a captação de gás carbônico, a tentativa de recuperação do ecossistema original com mudas nativas ou a minimização da pegada ambiental de pessoas, empresas ou instituições. Ela pode ainda ter objetivos sociais, como a obtenção de alimentos e a contenção de encostas.

Essas práticas são geralmente associadas ao reflorestamento para fins ecológicos, que busca a restauração ecológica, ou seja, a intervenção por meio do plantio de espécies nativas para recompor um ecossistema. Há ainda outro tipo, o reflorestamento comercial, que é praticado para a obtenção de incentivos fiscais previstos no Código Florestal desde a década de 1960. Nesse regime, predominam as monoculturas de plantas de rápido crescimento, como pinus e eucalipto.

Do ponto de vista da infância, o reflorestamento é uma prática essencial para que as crianças e adolescentes possam ter contato com um ambiente ecologicamente equilibrado, independentemente de onde vivam. É em espaços como esse que elas têm acesso à aprendizagem ao ar livre, atividade que propicia o desenvolvimento da autonomia e da criatividade. 

O contato com a natureza também colabora para o desenvolvimento saudável de uma criança, do ponto de vista físico e mental. Proporciona melhorias na imunidade, na memória, no sono, na capacidade de aprendizado e na sociabilidade. Crianças com falta desse contato ainda podem sofrer com o “Transtorno do Déficit de Natureza”, conceito que não corresponde a um termo médico, mas que chama a atenção para a série de fatores que podem decorrer dessa situação, como a falta de movimento, a obesidade, a miopia, o estresse, a ansiedade, a falta de sono e a hiperatividade.

Para atuar nessa linha, o Instituto Alana criou o programa Criança e Natureza, que  tem como missão defender o direito de toda criança a viver em um ambiente saudável, fortalecendo o seu vínculo com o mundo natural. Suas ações colaboram para que as cidades sejam mais verdes, acessíveis e amigáveis para elas e para que os espaços escolares sejam mais conectados com seus territórios.