Imaginar é uma ação essencial para criar novos mundos. É a partir desse exercício que habitamos não apenas o plano do que é, mas também do que poderia ser. Com a imaginação, preenchemos as lacunas do que gostaríamos que existisse no planeta em que habitamos: novos jeitos de viver, caminhos a percorrer e sonhos a cumprir.
Uma das formas de colocar a imaginação em prática é pela brincadeira, atividade espontânea da infância. Seja com um faz-de-contas, uma história narrada na hora de dormir ou até mesmo uma peça de teatro, a criança que imagina é uma janela para o futuro. Ela sonha com o que se prepara para transformar. Essa é uma missão poderosa: a coloca como protagonista de suas próprias histórias e como agente de sua comunidade.
A escola carrega um papel prioritário no estímulo da imaginação, apesar de não ser o único espaço em que isso possa ser exercitado. No cotidiano escolar, no entanto, a cada brincadeira realizada entre os colegas, o imaginar ganha força e contribui para que os estudantes criem seu protagonismo dentro e fora da sala de aula.
O ato de imaginar oferece ainda benefícios que vão além: promove a criatividade e o trabalho em equipe, pilares fundamentais do protagonismo infantil. Além disso, proporciona a empatia, ou seja, o exercício de se colocar no lugar do outro. E uma infinidade de caminhos se abre para um mundo cujas crianças estejam com olhos e ouvidos dispostos a compreender quem é diferente.
É por reconhecer a importância do ato de imaginar que o programa Criativos da Escola o colocou como um de seus pilares fundamentais. O projeto do Instituto Alana faz parte do programa Design for Change, movimento global que surgiu em 2015 na Índia. Com 2,2 milhões de crianças e adolescentes atingidos em 52 países de todo o mundo, ele encontra seu lugar no Brasil, onde é promovida a formação, a valorização e o reconhecimento de estudantes e educadores. Assim, de pouquinho em pouquinho, é possível transformar a imaginação em invenção e caminhar para uma realidade melhor para todos.