Hiperconsumo

Hiperconsumo é um termo que define o ato de consumir de forma exagerada e compulsiva, buscando a felicidade por meio da compra de objetos e contratação de serviços. Dentre os impactos dessa ação e de estarmos vivendo em uma sociedade do hiperconsumo, podemos citar implicações para a sustentabilidade, a degradação ambiental e a perda de qualidade de vida.

E se, para os adultos, consumir desenfreadamente e ser bombardeados por publicidades e estímulos consumistas, já gera danos, para as crianças, que são pessoas em desenvolvimento e hipervulneráveis, essa ideologia que aponta que a felicidade e a realização só pode ser alcançada por meio da compra é ainda mais prejudicial. 

As empresas tentam incutir nos pequenos esses desejos por meio do direcionamento de comunicação mercadológica diretamente para o público infantil. Essa, é uma prática abusiva e, portanto, ilegal no Brasil, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor, de 1990. Porém, ainda acontece. Assim, são as próprias crianças que absorvem a ideia de que precisam, sim, consumir freneticamente todo produto e serviço que elas veem sendo anunciados. 

Elas também acabam acreditando que é necessário ter todos os brinquedos possíveis para poder se divertir, sendo que consumir e brincar não precisam – nem devem – andar de mãos dadas. A brincadeira é intrínseca às crianças, elas conseguem transformar todo e qualquer elemento em riqueza apenas com a imaginação. O que elas precisam para serem felizes é um mundo mais justo e saudável e menos consumista.

Proteger as infâncias na sociedade do hiperconsumo é essencial e uma tarefa das famílias, que têm papel fundamental na criação das crianças, mas também das empresas, que devem respeitar as leis e direcionar todo e qualquer estímulo de consumo para os adultos, que são aqueles que têm a capacidade de avaliar a persuasão das mensagens comerciais.