As Feiras de Trocas de Brinquedos, iniciativa do programa Criança e Consumo que surgiu em 2012, são uma maneira de repensarmos a forma como consumimos, ensinar às crianças que o valor dos brinquedos não está atrelado ao seu preço e que trocar pode ser mais divertido do que comprar.
Os encontros podem ser organizados por qualquer pessoa e acontecer em diversos lugares como praças, parques ou escolas, o importante é que o lugar escolhido seja amplo e agradável e que permita às crianças não apenas trocar os brinquedos, mas também experimentá-los enquanto brincam durante o evento. Muitas Feiras ocorrem ao ar livre e são uma excelente oportunidade para as crianças interagirem com a natureza e espaços públicos, junto de suas famílias.
Funcionam da seguinte forma: em casa, as crianças separam os brinquedos ou os jogos que já não usam mais e levam até os encontros para trocar pelos itens que outras crianças separaram. Afinal, o que para alguém é antigo, para outras pessoas é novidade. Os pequenos são os protagonistas e aprendem que trocar pode ser muito mais divertido do que comprar.
Na sociedade atual, todos somos influenciados a consumir mais do que realmente precisamos e, as crianças, que vivenciam uma fase de peculiar desenvolvimento, infelizmente, não ficam fora dessa lógica. Na infância, o incentivo ao consumismo é uma das muitas consequências negativas da prática de publicidade infantil na televisão e na internet.
O setor de brinquedos, por exemplo, liderou, em 2019, a publicidade infantil na TV e 90% dos brinquedos são feitos com alguma parte de plástico. Muitos destes produtos contêm substâncias tóxicas para crianças e estimativas apontam que entre 2018 e 2030, serão produzidas mais de 1 milhão de toneladas de brinquedos de plástico no Brasil.
Assim, as Feiras de Trocas de Brinquedo são uma alternativa sustentável de adquirir brinquedos, fazendo bem para crianças, famílias e para o planeta, além de promover lazer, colaboração, socialização e criatividade.