O efeito estufa é um fenômeno natural e muito importante, já que proporciona na atmosfera terrestre a amplitude térmica e a temperatura ideal para a sobrevivência de organismos vivos. Ele, no entanto, tem sido agravado pela ação humana com a emissão de gases de efeito estufa. Esses gases impedem que parte do calor retido seja devolvido ao espaço, causando alterações climáticas e aumentos de temperatura em todo o mundo.
Os seres humanos em geral sofrem e sofrerão cada vez mais as consequências da intervenção humana na Terra, e isso inclui as crianças. É o que diz o relatório “Um futuro para as crianças do mundo?”, lançado em 2020 pela ONU, em parceria com a The Lancet e a Unicef. O efeito estufa causa mudanças climáticas que ameaçam a vida, a saúde e o futuro dos mais jovens. Os impactos dessas mudanças, que podem incluir desastres ambientais e ambientes pouco saudáveis para o desenvolvimento infantil, trazem consequências negativas que serão sentidas ao longo da vida.
Isso porque a falta de oportunidades de brincar na natureza está relacionada com diversos problemas de saúde, como obesidade, hiperatividade, baixa motricidade, pouca habilidade física, doenças cardiovasculares e síndrome metabólica. É o que diz um estudo realizado pelo Instituto Alana em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria. E as consequências geradas pelo efeito estufa estão diretamente relacionadas à destruição do meio ambiente.
O enfrentamento da emergência climática é urgente não apenas para os adultos de hoje, mas para as crianças que enfrentarão seus efeitos de forma mais aguda no futuro. A própria Constituição Federal brasileira de 1988 prevê, em seu artigo 225, que “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.