A criatividade é o exercício de produzir coisas novas, enxergar situações de outras formas e imaginar objetos, métodos e caminhos inéditos. Se ela pode trazer muitos benefícios aos adultos, é fundamental para o desenvolvimento infantil, propiciando, inclusive, o protagonismo das crianças frente ao mundo em que vivem.
Essa habilidade é um dos pilares do brincar, atividade inerente à infância. Por isso é tão cara aos mais jovens: é com o exercício da criatividade que inventam e sonham novos mundos para viver o agora ou o futuro. Ela pode surgir de muitos rincões da infância: das histórias contadas ao pé da cama, do faz-de-conta das fantasias, dos mundos mágicos e distantes, das possibilidades que ainda não chegaram.
Uma brincadeira livre e autônoma pode instigar a criatividade e assim, de forma simples, essa habilidade tão fundamental às mudanças sociais que necessitamos no mundo revela-se um importante pilar da educação que considera o protagonismo infantil. É por isso que escolas e instituições podem estimular essa habilidade de diversas formas, como também as atividades artísticas ou até científicas. A criatividade está no plano do faz-de-conta, mas pode de repente saltar ao real e metamorfosear-se em ações concretas para construir esse mundo idealizado.
É nesse salto ao real que aposta o Criativos da Escola, projeto que desde 2015 atua no protagonismo infantil e na transformação social. A ideia original veio lá da Índia, do Design for Change, que já alcançou mais de 2,2 milhões de crianças e adolescentes em 52 países. Por aqui, a preocupação gira em torno da formação, valorização e reconhecimento de estudantes e educadores com uma característica em comum: o desejo de transformação de suas comunidades. Afinal, um sonho e uma ideia que logo se transformam em uma invenção, se combinados com apoio e muita força de vontade, pode nos levar longe.
