Uma comunicação acessível é aquela que pretende chegar ao seu público de forma compreensível, além de fortalecer a diversidade e representar as pessoas considerando sua humanidade e complexidade. É essencial que organizações, em especial aquelas voltadas aos Direitos Humanos, considerem essa preocupação na hora de interagir e transmitir conteúdos, informações e conhecimento.
A linguagem é uma poderosa ferramenta, capaz de reforçar ou romper com estereótipos, gerar ou eliminar barreiras. No contexto da comunicação acessível, quando um conteúdo é pensado para abarcar a diversidade, o acesso à informação é contemplado como direito fundamental capaz de romper com qualquer tipo de discriminação.
Nas redes sociais, algumas práticas de comunicação acessível envolvem o uso das #ParaCegoVer e #ParaTodosVerem. Elas funcionam como complemento do conteúdo visual de postagens e acompanham a descrição dessas imagens. Servem para que ferramentas como o leitor de telas, que lê o texto do feed para pessoas com deficiência visual, possam informar ao usuário o conteúdo visual que está sendo apresentado. Algo semelhante pode ser realizado em websites, com a descrição de fotografias e de ilustrações.
As melhorias podem incluir também pequenos ajustes na paleta de cores ou na aplicabilidade do logotipo. Mesmo que vá contra os manuais de identidade visual oficiais, esse recurso é possível e praticado por empresas, desde que não se abra mão de padrões estéticos.
A comunicação acessível também pode ser praticada em publicações digitais como e-books. Algumas questões a serem consideradas aqui giram em torno do dispositivo em que o leitor acessará o conteúdo oferecido. Ele vai abrir o e-book pelo computador ou pelo celular? Os arquivos de áudio, nesse caso, ajudam ou atrapalham essa experiência? Eles melhoram o acesso das pessoas com deficiência auditiva ou pioram o acesso a quem tem poucos dados móveis para fazer o carregamento do arquivo?
Esses são apenas alguns dos dilemas a se considerar quando se trata da comunicação acessível. Uma forma de mergulhar nesse universo e realizar a melhor prática possível está justamente em compartilhar práticas aprendidas no dia a dia. É isso que faz o livro Um caminho para a educação acessível. Publicado pelo Instituto Alana, ele detalha ações possíveis em diversas plataformas, como vídeos, eventos e sites, garantindo a troca de dicas preciosas para o acesso de todos a informação de qualidade.
