Território é uma área delimitada sobre a posse de alguém, seja uma pessoa, uma organização, uma instituição ou até um animal. Esse termo é utilizado em diversas áreas, seja na política, na geografia, na biologia ou até na psicologia. Seu conceito varia, mas está em geral relacionado a um espaço apropriado por relações de poder.
Outras abordagens ainda determinam que o território não esteja necessariamente relacionado ao espaço, como é o caso da teoria do geógrafo Marcelo Lopes de Souza, que fala das múltiplas territorialidades, como aquelas relacionadas ao comércio ambulante, aos imigrantes ou à educação. Os territórios, portanto, podem possuir um caráter cíclico (que varia com o tempo), móvel (que se desloca por diferentes espaços) e que se organiza a partir de diferentes redes de informações ou contatos.
O território educativo é aquele que reconhece, promove e exerce um papel educador na vida dos sujeitos, e tem como desafio permanente a formação integral de crianças, jovens, adultos e idosos. Nesse tipo de lugar, as diferentes políticas, espaços, tempos e atores são compreendidos como agentes pedagógicos, e podem apoiar o desenvolvimento do potencial humano.
Enquanto o termo “território” envolve relações sociais e de poder, a comunidade traz a noção de coletividade, redes, pertencimento e identidade. Ambos os conceitos supõem a noção de modos de vida e da apropriação dos recursos materiais, sociais e culturais que se estabelecem em um lugar. É comum que nesses espaços sejam criadas figuras como as lideranças comunitárias, que criam articulações e promovem, assim, o desenvolvimento local.
Um exemplo de ação que age sobre um território é o Espaço Alana, que há 20 anos atua no Jardim Pantanal, localizado no extremo leste de São Paulo. A iniciativa tem como objetivo fomentar o desenvolvimento local por meio de ações socioeducativas e da articulação comunitária, com uma banda, uma biblioteca e uma brinquedoteca.