A natureza pode ser encontrada em uma ampla diversidade de ambientes, especialmente aqueles a céu aberto, compostos por elementos naturais como rochas, terra, água, plantas, insetos, pássaros e todas as formas de vida. Para além do meio ambiente localizado em áreas remotas e protegidas, com pouca interferência humana, tratamos como “natureza próxima” aquela que pode ser acessada todos os dias em casa, na escola ou na cidade: pátios, ruas, canteiros, jardins, praças e parques.
O contato com a natureza é fundamental para que a criança se desenvolva de uma forma saudável. Ele traz melhoras para a imunidade, a memória, o sono, a capacidade de aprendizado, a sociabilidade e as capacidades físicas dos mais jovens. Além disso, colabora para o seu bem estar físico e para as suas habilidades socioemocionais, como o desenvolvimento da empatia, a aprendizagem dos cuidados consigo e com o outro, o senso de pertencimento e a interdependência.
Essa relação é tão importante que foi criado um termo, o “Transtorno do Déficit de Natureza”, para denominar a falta desse fator no dia a dia das crianças. Ele não corresponde a um termo médico, mas funciona como uma forma eficaz de chamar a atenção para uma questão emergente e que pode causar diversos distúrbios, como a falta de movimento, a obesidade, a miopia, o estresse, a ansiedade, a falta de sono e a hiperatividade.
Criado pelo Instituto Alana, o programa Criança e Natureza tem como missão defender o direito de toda criança a viver em um ambiente saudável, fortalecendo o seu vínculo com o mundo natural. Para que isso se realize, atuam para que as cidades sejam mais verdes, acessíveis e amigáveis para elas e para que os espaços escolares sejam mais conectados com seus territórios. Entendem que ambientes naturais são essenciais para a saúde e o bem viver, e que a justiça climática e socioambiental deve acontecer para todas as infâncias.
