A justiça socioambiental e climática tem como objetivo combater o impacto das mudanças climáticas sobre a população, inclusive crianças e adolescentes. Algumas medidas possíveis para isso é provocar a reflexão, a conscientização e a defesa dos direitos das crianças, que pode acontecer não apenas nos meios de comunicação, mas também na esfera da justiça, da política e, portanto, da redução de desigualdades.
Os temas estão diretamente ligados: a qualidade do ambiente é um dos principais fatores que influenciam na sobrevivência e na vida com dignidade de crianças e de adolescentes. Ela é primordial para o desenvolvimento saudável deles, especialmente durante os primeiros anos de vida, quando a possibilidade de se desenvolver física e mentalmente geram reflexos que refletirão no seu futuro.
Devido à sua condição de vulnerabilidade, as crianças são mais suscetíveis, por exemplo, a qualquer impacto vindo do ambiente, como secas, enchentes e ondas de calor. E esses eventos tendem a aumentar em frequência e em intensidade. Apenas em 2015, 5,9 milhões de crianças morreram antes dos 5 anos, e 26% dessas mortes poderiam ser evitadas com atenção aos riscos ambientais.
É por isso que a justiça socioambiental e climática se mostra tão urgente aos jovens, tanto que está prevista na legislação brasileira: o artigo 227 da Constituição Federal de 1988 prevê que os direitos das crianças e dos adolescentes sejam prioridade absoluta, acima de interesses políticos ou econômicos. O documento determina também que todos tenham direito a um ambiente ecologicamente equilibrado, essencial à qualidade de vida dos cidadãos.
A defesa desse ambiente cabe ao Poder Público, mas também à coletividade. Garantir a justiça socioambiental e climática, com um espaço saudável não apenas às crianças de hoje, mas também àquelas do futuro e às próximas gerações, é um ato de cidadania que deve ser colocado em prática todos os dias.