O Design Thinking é uma metodologia que estimula a criação de projetos com base na interação, na experimentação e na colaboração. Geralmente adotado por pessoas que querem desenvolver um negócio ou projeto, para a resolução de problemas, o Design Thinking combina a criatividade, o mapeamento do contexto e a razão, para identificar barreiras e desafios e solucioná-los.
Pensando em como o uso das ferramentas dessa metodologia poderia ser usada como aliada ao currículo escolar, estimulando as crianças a participarem ativamente de seus processos de aprendizado, em 2001, a indiana Kiran Bir Sethi decidiu fundar seu próprio centro de ensino: a Riverside School, localizado na cidade de Ahmedabad. O colégio começou com cerca de 20 alunos com a proposta de ser um espaço em que as crianças seriam as protagonistas, utilizando o conhecimento aprendido na escola para transformar a realidade à sua volta.
O resultado foi tão bom que ela resolveu espalhar pelo mundo essa abordagem simples, flexível e inovadora e, para isso, criou o Design for Change. O movimento global, criado em 2009, atua a partir de uma metodologia de elaboração de projetos dividida em quatro etapas, representadas pelos verbos sentir, imaginar, fazer e compartilhar.
Crianças e adolescentes são estimulados a elaborar uma alternativa para melhorar algum aspecto que os incomode na escola ou na comunidade. Por meio da observação cuidadosa da situação e da troca de ideias com os envolvidos, são encorajados a ir além da solução mais óbvia e encontrar algo que, de fato, seja impactante e inovador.
Hoje o movimento já está presente em diversos países e impacta milhares de crianças e adolescentes no mundo todo. O Instituto Alana tornou-se o representante dessa ideia no Brasil e criou o programa Criativos da Escola, lançado oficialmente no Brasil em 2015, buscando envolver e estimular estudantes e educadores de diferentes áreas no engajamento e na atuação em suas comunidades.