Equipes vencedoras do XPRIZE Rainforest I Florestas Tropicais celebram no palco

Vencedores do prêmio XPRIZE Rainforest I Florestas Tropicais conseguem mapear 800 espécies em 24hs

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A equipe Limelight Rainforest, dos Estados Unidos, foi a grande vencedora da competição XPRIZE Rainforest | Florestas Tropicais, financiada inteiramente pelo Alana. Os resultados, anunciados dia 15 de novembro, durante a programação do G20 Social, no Rio de Janeiro, encerram um processo de cinco anos, de uma disputa que começou com a participação de 300 equipes de cientistas, de 70 países diferentes.

A competição desafiou equipes multidisciplinares do mundo inteiro a encontrar soluções inovadoras para o mapeamento rápido de espécies das florestas tropicais. A equipe vencedora, que recebeu 5 milhões de dólares, conseguiu mapear 250 espécies em um dia de testes, cobrindo 100 hectares de floresta. Também foram premiadas a equipe Map of Life Rapid Assessments, dos EUA, em segundo lugar, e a equipe Brazilian Team, do Brasil, terceira colocada da competição. Além disso, a equipe ETH BiodivX, da Suíça, foi premiada com um bônus do juri.

As novas tecnologias desenvolvidas vão poder ajudar não só o Brasil, que abriga a maior floresta tropical do mundo, como outros países e biomas, contribuindo para a preservação das espécies no planeta. Antes do XPRIZE, identificar 500 espécies na floresta podia levar até quatro meses. Ao final da competição, as equipes alcançaram resultados impressionantes: foram quase 800 espécies registradas em apenas 24 horas, em 100 hectares de floresta, pelos seis times finalistas.

Ao mapear a floresta e seus recursos, essas ferramentas podem impulsionar uma economia sustentável, gerando empregos e oportunidades para comunidades amazônicas e ajudando a combater o desmatamento ilegal. “A bioeconomia é uma questão vital no atual cenário mundial, e certamente os trabalhos desenvolvidos ao longo dos últimos cinco anos pelas equipes participantes serão de enorme contribuição para esse tema. Os cientistas deram um passo importante em direção à mudança de que o mundo precisa, pensando e desenvolvendo tecnologias para mapear e ajudar a preservar a biodiversidade das florestas tropicais”, ressaltou Ana Lucia Villela, fundadora e presidente do Alana.

As florestas tropicais são as principais responsáveis pela manutenção do clima mundial, mas sofrem com contínuos processos de desmatamento, que colocam em risco de extinção diversas espécies, muitas ainda não conhecidas. A 13ª edição do relatório Índice Planeta Vivo, lançado pelo WWF, aponta que a quantidade de espécies animais diminuiu 68%, entre 1970 e 2016. No Brasil, desde 2003, dobrou o número de animais ameaçados de extinção. Ou seja: estamos perdendo uma parte muito significativa dos habitantes da Terra. E quanto extinguimos uma espécie, há uma perda que não pode ser medida, nem substituída, do repertório de espécies do mundo. Ambientes com menos diversidade desestabilizam a natureza, o clima e nos tornam mais vulneráveis. É nesse sentido, que o Alana espera contribuir, para que novas espécies possam ser conhecidas — e preservadas.