O ócio na infância se refere aos momentos livres que as crianças têm para fazer o que quiserem, sem especificações de adultos ou estímulos de brinquedos prontos, ou mesmo para não fazer nada. Essa é uma atividade fundamental na vida dos pequenos, porque permite que vivam a infância em sua plenitude e possam apenas ter a liberdade de ser.
Na era da informação, assim como os adultos, as crianças também são bombardeadas por estímulos e informações a todo momento, seja nos ambientes digitais ou físicos. E o ócio é potente para permitir que elas aprendam e se alimentem também daquilo que vem de dentro para fora, possam exercitar a imaginação, a criatividade, a empatia e se desenvolvam integralmente, de forma intelectual, emocional e social.
Além disso, o ócio na infância também está relacionado ao brincar livre e espontâneo, aquele que parte das próprias crianças e costuma ser definido como a expressão máxima dos pequenos. É o brincar em que eles comandam, ditam as regras e o rito, e não tem nenhum outro objetivo maior além de simplesmente fazer o que as interessa, sem obrigações ou tempo contado.
Essas atividades em que os pequenos têm tempo livre, espaço e o mínimo de interferência dos adultos são essenciais para que tenham o máximo de liberdade para simplesmente ser criança. Assim, elas aprendem a dar sentido e significado ao mundo e reconhecer a importância das situações.
Para saber mais sobre a importância do ócio na infância, você pode assistir o documentário O Começo da Vida, lançado pelo Instituto Alana em 2013, que aborda, por meio de depoimentos, a potência do ócio para aproveitar todo o potencial lúdico e específico da infância. Um pai aponta, por exemplo, que “de uma perspectiva criativa, uma das coisas mais importantes que podemos dar a uma criança é o nada”.